Por Raissa Cruz
O impasse entre o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) e o governador Jackson Barreto (PMDB) criado após o senador decidir seguir a Nacional do seu partido e apoiar Aécio Neves, continua rendendo. Na manhã desta sexta-feira, 17, em entrevista a Rádio Jovem Pan, voltando a tocar no assunto, Valadares pediu respeito ao governador - que havia criticado o senador e o PSB pela decisão -, e jogou em rosto que a aliança dos socialistas em Sergipe com o PMDB e PT teria contrariado até o presidenciável Eduardo Campos (in mémória).
"Eu só quero respeito do governador e de nossos aliados ao meu posicionamento. Eu não deixei a nossa aliança em Sergipe. Não quero que me dêem motivos para lá na frente não ter que chutar o pau da barraca”, acentuou o senador. Valadares contou que antes das convenções partidárias, recebeu em sua casa, na Atalaia Nova, a visita de Eduardo Campos, e este teria pedido a construção de um palanque forte com candidatura própria ou em apoio a Eduardo Amorim.
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“Mas o informei de que uma candidatura própria seria inviável, e manteríamos a nossa aliança com o nosso agrupamento tendo Jackson candidato a governador e Rogério, candidato ao Senado. Essa decisão contrariou muito Eduardo Campos, que decidiu não vim a Sergipe durante as eleições”, afirmou.
O senador lembra que desde 2002 até 2014, o PSB firmou em Sergipe uma aliança para ganhar o governo. “Com Marcelo Déda em 2006, e este ano tentamos uma candidatura própria, que não conseguimos construir por não encontrarmos partidos para fazermos uma composição. Fomos, então, procurados por Jackson Barreto, que nos ofereceu a vice, para a qual indicamos Belivaldo Chagas", diz ele, contrapondo: “mas desde que entregamos a superintendência da Codevasf até a morte de Eduardo Campos, o PSB vinha construindo um projeto de alternância".
Voltando a citar que o compromisso com Jackson Barreto foi no 1º turno, Valadares comenta: "gostaria de lembrar que, no primeiro turno, fizemos a aliança com o governador JB, e votamos na candidata à Presidência, Marina, sem que tenha havido estresse nenhum, mesmo o grupo mantendo o apoio a Dilma”.
E sustentou sobre o segundo turno: “seguimos a decisão do PSB nacional para apoiar Aécio, que é um homem honesto, de quem sou amigo no Senado. Um democrata que tem todas as condições de governar o Brasil. Jamais usei ou usarei redes sociais ou a mídia para atacar a presidenta Dilma. Não é o meu estilo. Também não virei aliado de Eduardo Amorim. Considero-o meu adversário político, embora tenha uma convivência civilizada com ele no Congresso Nacional", frisou.
O senador concluiu prometendo defender os interesses do Governo do Estado, mesmo caso o tucano seja eleito. "Se Aécio for eleito presidente, o governador Jackson terá um senador empenhadíssimo em garantir os interesses de Sergipe junto ao Governo Federal. Só depende dele".
Da redação NaPolítica.com
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