Por Raissa Cruz

O governador Jackson Barreto (PMDB) foi duro na cobrança por dedicação à candidatura de Dilma Rousseff, na reunião com os aliados que lotou o auditório do Hotel River Side no final da manhã desta terça-feira, 14. “Quem não for solidário ao nosso projeto, pode ir para a rua. Se não concorda com o projeto, não participe dele”, disse Jackson, que aproveitou o encontro do movimento pró Dilma para desabafar, em tom áspero, sua indignação com a posição do PSB/SE, em especial o líder de honra o senador Antônio Carlos Valadares (PSB), por ter declarado apoio ao presidenciável Aécio Neves para o segundo turno.

“PSB deveria estar todo na campanha da presidente Dilma Rousseff. Não gostei. Falo mesmo. Não sou baú. Não gosto de dubiedade. Coligação nenhuma vai segurar a minha língua”, reclamou o governador ao microfrone durante o discurso de críticas ao PSB, chegando a bater forte na mesa e levando copos a se quebrarem. Em entrevista ao Portal NaPolítica, Jackson foi além considerando a posição do senador como conservadora.

“Eu não gostei da nota do senador, eu fiquei muito triste. Dizer que Aécio é o melhor, tenha paciência, essa não dá pra engolir não. Aécio melhor do que Dilma? Sempre convivemos com Dilma, dentro de um propósito, de uma proposta mais avançada de centro esquerda para o país. E você agora toma posição ao lado do setor mais atrasados, mais conservadores do país!”, exclamou.

Citando que “todos do PSB foram prestigiados no governo Dilma”, o governador comparou a situação com o caso de outros do PSB que não estiveram a favor de Aécio. “A senadora Lídice da Mata assumiu o apoio a Dilma, o próprio presidente do PSB, Roberto Amaral, deixou o cargo, mas preferiu declarar apoio a Dilma. No Amapá, a mesma coisa. Não porque essa dubiedade agora”, disse ele, pesando em seguida: “mas não estou preocupado em fazer uma análise mais profunda disso. Ele lançou a nota dele com a posição dele, agora eu tenho o direito de dizer que não gostei”.

Belivaldo fica com Dilma

Presente ao encontro, o vice eleito Belivaldo Chagas afirmou que estará com a coligação apoiando a candidatura da presidente Dilma Rousseff. “Não existe qualquer processo de rompimento com o governo e o PSB. E eu, que participei de uma eleição com o apoio de todos vocês, não tinha como tomar outro caminho. Eu apoio a presidente Dilma”, disse Belivaldo, frisando que a Nacional não impôs aos membros do PSB o apoio a Aécio. “Belivaldo é uma pessoa que você tem muito prazer da convivência, porque ele compreende o momento”, comentou Jackson citando ainda a presença no evento de prefeitos do PSB, como Thiago Dórea (de Poço Verde), Eliane de Dedé (de Malhador) e Acácia Souza (de Areia Branca ); os ex-prefeitos Sukita e Tonho de Dorinha, e o vereador Max Prejuízo.

Movimento

A coordenadora da campanha de Dilma em Sergipe, a ex-primeira-dama Eliane Aquino, discursou no evento destacando que “com exceção da Grande Aracaju, em todo o Estado, o índice de votos da presidenta foi superior a 56%”. “É hora de arregaçar as mangas e trabalhar mais um pouquinho pela vitória da presidente Dilma. Vamos trabalhar para ampliar estes números”, defendeu.

Já o governador Jackson Barreto foi enfático na cobrança da mobilização de todos os aliados, incluindo cargos comissionados, em prol da campanha. “Todos temos responsabilidades com a vitória de Dilma Rousseff do Estado de Sergipe. Todas as obras que foram realizadas pelo governo de Déda e estão sendo realizadas pelo governo de Jackson Barreto, e ainda outras obras que serão lançadas, todas foram recursos que nos conseguimos com a presidente Dilma Rousseff. Então é preciso que o Estado reconheça que está se desenvolvendo, a qualidade de vida do nosso povo melhorando, as taxas de emprego das maiores do país, isso tudo se deve as políticas publicas do Estado, aliado as políticas do Governo Federal. São conquistas nossas, é a expansão da Universidade, escolas profissionalizantes, Institutos Técnico Federal, Pronatec, Pronaf”, falou Jackson.

Da redação NaPolítica.com