Com o intuito de estreitar as relações entre o meio acadêmico, a indústria e o Estado, a Coordenação de Inovação e Transferência de Tecnologia (CINTTEC), da Universidade Federal de Sergipe (UFS), promoveu a segunda mesa redonda do 'XIII Evento CINTTEC-UFS', com o tema 'Transferência de Tecnologia para Inovação sob visões empresariais'. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) participou da composição da mesa, através do secretário Saumíneo Nascimento e de representantes de instituições vinculadas, como o presidente do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), Marcos Wandir, e do diretor financeiro da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec), Josenito Oliveira Santos.
O evento aconteceu no auditório da reitoria do Campus São Cristovão, na tarde de sexta-feira, 25, e também contou com a participação do vice-reitor da UFS, André Maurício Conceição de Souza, do representante da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies), Rodrigo Rocha, além de palestras dos representantes do Sebrae e da Rede Petrogás, que foram acompanhadas por estudantes e professores de graduação e pós-graduação da Universidade, dos cursos de engenharia de Produção e do Mestrado e Doutorado de Propriedade Intelectua.
De acordo com a organizadora do evento, a professora Simone Silva, o evento é a possibilidade de troca de informações entre estado, academia e indústria, a fim de que juntos desenvolvam ações e consolidem a produção tecnológica local. "No primeiro encontro, recebemos para o centro da discussão a academia. Agora vamos discutir o ponto de vista empresarial, para que haja o envolvimento direto dos pesquisadores com a demanda empresarial, e assim trabalharmos para suprir aqui mesmo as nossas necessidades tecnológicas", explicou.
Como complemento das expectativas da professora, o vice-reitor desejou boas vindas aos participantes e destacou outro aspecto. "Ficamos felizes em ter mesas redondas como esta, para criarmos estruturas internas e pensar um pouco mais na realização efetiva das patentes", ressaltou André Maurício.
Em sequência, o presidente do SergipeTec, Marcos Wandir, apresentou o trabalho realizado pelo Parque Tecnológico - que existe há 10 anos e assiste 25 empresas, sendo 15 encubadas e 10 já instaladas. "O conceito do Parque em si, já é transformar o conhecimento em negócios", conclui. Marcos falou ainda das expectativas em relação à nova sede do Parque Tecnológico, que está sendo construído próximo ao Campus São Cristovão e da área conhecida como 'Polo Tecnológico São Cristovão', uma vez que promove incentivos fiscais para a indústria.
Destacando a importância das Fapitec's para a fomentação da pesquisa no Brasil, o diretor financeiro da Fundação em Sergipe apresentou uma discussão sobre a relevância dos editais para o financiamento de pesquisas tecnológicas e sociais. "A fundação trabalha com editais e as moedas são os projetos", disse Josenito Oliveira Santos.
Aládio Antônio, representante da Rede Petrogás, destacou que este tipo de evento é importante para apresentar a visão da empresa em relação à universidade. Já Ana Tereza, do Sebrae, lembrou que o Brasil é um dos países que mais empreendem. "99% das empresas no Brasil são pequenos negócios. Agora está ocorrendo uma situação onde a oportunidade vence a necessidade", disse.
Palestrante central da tarde, o secretário Saumíneo Nascimento explanou sobre a importância das Secretarias Unificadas, utilizando como exemplo a Sedetec - que engloba desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia - para melhor administrar as demandas locais. Saumíneo apresentou um panorama dos investimentos que estão sendo implantados no estado. "Diariamente atendemos entre 6 e 7 empresas que buscam vir para Sergipe", destacou o secretário, concluindo que o mercado é global.
Saumíneo abordou ainda sobre os novos projetos que serão inseridos na Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, a exemplo do 'Plataformas do Conhecimento' e do 'Plano Nordeste de Ciência e Tecnologia', temas que serão debatidos em Brasília com o Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação e todos os Secretários Estaduais de Ciência e Tecnologia, além de outros órgãos como o Banco Internacional do Desenvolvimento (BID), e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). O secretário ressaltou também a necessidade de aumentar a presença do INPI em Sergipe, assunto que será objeto de reunião com o presidente do INPI.
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