O deputado estadual Georgeo Passos, Cidadania, comentou nesta terça-feira, 20, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que na tarde da segunda cassou a chapa que elegeu o governador Belivaldo Chagas (PSD) e a vice-governadora Eliane Aquino (PT) no pleito do ano passado. Na avaliação do parlamentar, a Justiça e o Ministério Público Federal fizeram a sua parte.
“Ele assumiu o risco de ter usado a máquina pública em um ano eleitoral, como ficou confirmado na decisão do TRE”, afirmou. Georgeo diz que não crê em inocência em realização de atos públicos com fins eleitoreiros logo após Belivaldo assumir o Governo, no primeiro semestre de 2018, meses antes do pleito de outubro. “Na minha visão, foi algo pensado, bem definido”, analisou.
“Cito como exemplo, Ribeirópolis. O governador chegou com todo o seu staff, mostrando força. Convidou as lideranças locais de oposição e assinou a ordem de serviço para a realização de cobertura asfáltica. Os trabalhos só foram iniciados lá para o mês de setembro. E, passada a eleição, as máquinas foram retiradas e os serviços não foram concluídos. Tem prova maior de que o objetivo era eleitoreiro?”, revelou.
Georgeo disse que isso ocorreu em várias cidades. Os recursos para a realização dessas obras, oriundos do Proinvest, chegariam a mais de R$ 50 milhões. “Abuso de poder político e econômico. Em uma eleição onde um candidato utiliza desse montante está certamente comprometida. Isso chama sim a atenção e a resposta veio”, ponderou.
“Houve um esforço do Executivo em fazer várias licitações. E vários contratos daqueles que foram assinados, depois da eleição, tiveram rescisões amigáveis. Ou seja, o serviço não será concluído. Se Belivaldo estivesse preocupado em dar as melhorias para o povo sergipano, ele faria a obra e iria para a inauguração depois da eleição”, completou.
O parlamentar assegurou que a oposição não está torcendo pelo pior. No entanto, Georgeo expôs sua preocupação com a administração do Estado a partir de agora. “Não queremos que o Estado pare. Um governador que tinha a legitimidade das urnas e que agora não tem. Que ele tenha a condição de separar a sua defesa da sua administração. Não podemos deixar que o Estado fique à deriva de uma decisão que pode demorar no TSE”, finalizou Georgeo.
Da Ascom
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