O vice-governador Belivaldo Chagas esteve com gestores de instituições públicas e agentes de diversos segmentos da Cultura para participar do II Seminário Sergipano de Políticas Públicas para a Cultura. O evento tem como objetivo fomentar e fortalecer as manifestações do setor em Sergipe, além de incentivar e nortear os representantes a investir na gestão, de modo a profissionalizar a área e ampliar a implementação de ações.
De acordo com Belivaldo Chagas, o governador preocupa-se em reforçar as ações da Cultura em Sergipe e entendeu que a realização do Seminário é importante no sentido de promover intercâmbio de experiências entre o Estado, municípios e até mesmo com o Governo Federal.
“A ideia é envolver o Estado de forma mais direta e fazer com que os secretários municipais entendam a importância do fortalecimento da Cultura. Para isso, trouxemos pessoas de fora para que entendamos o que há de iniciativas novas fora de Sergipe. Aproveito a oportunidade para parabenizar esta ação da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O governador tem cobrado muito ações dessa pasta e que as ações dela cheguem na ponta e beneficiem os municípios. Infelizmente, às vezes isso não acontece por falta de interação e de iniciativas como essa de hoje, mas espero que neste evento as pessoas aproveitem para trocar experiências, de modo que a Cultura cresça cada vez mais, com formação e qualificação”, destacou Belivaldo.
Para o secretário da Secult, Irineu Fontes, a segunda edição do seminário vem para discutir alguns pontos principais, como a institucionalização da Cultura, as redes de formação e qualificação, economia criativa, Plano Estadual e os Conselhos de Cultura. Irineu também explica que a gestão do setor surge não só para ajudar os artistas, como para chegar até à comunidade.
“Quando comecei na gestão da Cultura, nos anos 80, 90, tínhamos como política única a difusão. Trabalhávamos para o artista. Atualmente, temos que atuar para a população, mostrando o que se faz na Cultura e na Arte em Sergipe. Não é à toa que hoje em dia temos outro tipo de política, com editais e várias formas para qualificar e formar pessoas para lidar com todas essas questões”, pontuou o secretário.
Irineu Fontes acredita que o seminário possibilita o avanço de Sergipe nas políticas públicas de Cultura. Ele conta que o evento vai debater não só com os artistas, como os empreendedores do setor e os Conselhos Municipais e Estadual de Cultura. “É um seminário para discutir política pública na área de Cultura, que é algo relativamente novo no Brasil e muito mais ainda em Sergipe. De modo que precisamos discutir e aprender com as pessoas que já estão fazendo, e por isso trouxemos pessoas importantes como Albino Rubim, Isaura Botelho, Isa Trigo, Silvana Meireles e o Ministério da Cultura também está presente para mostrar a política aplicada hoje à nível nacional”.
Para comentar sobre os Sistema e Plano Nacionais de Cultura, assim como a relação do Executivo Federal com Estados e Municípios, a secretária de audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Mariana Ribas, veio até o evento e comentou que, uma das prioridades atualmente é a regulamentação da transferência de recursos fundo à fundo, que permite que Estados e municípios recebam a verba de maneira direta e que haja trabalho em conjunto para o cumprimento das metas do Plano Nacional de Cultura.
“A discussão hoje aqui vai ser bastante rica. Estamos num momento delicado financeiramente falando e os recursos da Cultura sempre são muito escassos. De modo que esse é o momento de nos unirmos para pensarmos as políticas públicas em conjunto. Além disso, acho que hoje temos a oportunidade de estabelecer um debate entre poder público e sociedade civil. Essa troca de informação é de suma importância, principalmente nesse momento difícil, e o trabalho em rede é extremamente relevante”, afirmou Mariana.
Presente no evento, o presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Silvio Santos, parabenizou o Governo do Estado pela iniciativa de reunir representantes do setor, e disse que, a partir desse tipo de ação é possível fortalecer não só as construções de políticas públicas, como suas execuções.
“Esta é uma bela iniciativa. O Governo do Estado e a Secretaria de Cultura estão de parabéns. É assim que se constroem as políticas públicas, ouvindo a sociedade, os atores envolvidos e a comunidade cultural do estado. Esse é um processo de construção da política pública, e de democracia participativa, é um diálogo social. É assim que se cria uma ordem de pertencimento com aqueles que constroem juntos”, afirmou Silvio Santos.
Da ASN
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