A Empresa Sergipana de Tecnologia de Informação (Emgetis) se coloca a disposição para realizar o armazenamento digital dos materiais colhidos e produzidos durante a Comissão da Verdade, tornando-os seguros e acessíveis à sociedade. A garantia foi assegurada em reunião nesta quinta-feira, 28, entre técnicos do órgão, o presidente da Comissão, Paulo Barbosa de Araújo, o professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, o pesquisador Gilson Sérgio Matos, e o coordenador de TI da Casa Civil, Breno Carmo.
Composta por pesquisadores de Sergipe, a Comissão da Verdade foi instituída pelo governador Jackson Barreto em junho de 2015, através do decreto nº 30.030, e tem resgatado até então a história de Sergipe e do Brasil durante a ditadura militar. O objetivo é identificar e tornar públicas graves violações aos Direitos Humanos praticados durante o regime militar, ocorrido de 1964 a 1988.
São realizadas sessões públicas para oitiva de pessoas e familiares que sofreram os mais variados tipos de violações dos direitos humanos, além de um trabalho de pesquisa e recolhimento de documentos públicos junto ao Arquivo Nacional/Projeto Memórias Reveladas, com quem a Comissão firmou parceria.
Devido à relevância dos documentos colhidos, inclusive para um posterior uso didático, a Emgetis garantiu o armazenamento seguro das documentações geradas pelo trabalho da Comissão da Verdade. “A ideia é que tenhamos ao fim dos trabalhos um centro de documentação e a disponibilização destes pelos meios digitais. Para isso, será essencial o apoio da Emgetis”, comentou o presidente da Comissão da Verdade, o professor Josué Modesto dos Passos Subrinho.
De acordo com o gerente de infraestrutura Antônio Manoel, a Emgetis fará inicialmente o armazenamento dos documentos coletados pela Comissão, disponibilizando uma área no servidor da empresa. “Essas informações estão disponíveis em apenas um HD externo, que é um meio de armazenamento vulnerável, suscetível a falhas, e nós faremos uma cópia magnética delas, através de um dispositivo muito mais seguro”, explicou Antônio, acrescentando que o próximo passo será o armazenamento do acervo audiovisual.
O diretor de tecnologia e também um dos depoentes da Comissão da Verdade, Francisco Varella, ressaltou a importância da participação da Emgetis na fase conclusiva dos trabalhos. “Como diretor da empresa de tecnologia do estado e um dos depoentes da Comissão, por ter sofrido toda a represália imposta pela ditadura militar, sinto-me lisonjeado em contribuir duplamente, juntamente com os técnicos da Emgetis, para que toda essa história torne-se conhecida pela nossa sociedade. Para isso, o caminho mais curto e preciso é garantir a segurança dessas informações e virtualizar esse material. A Emgetis trabalhará para que isso se concretize”, revelou Varella.
Da ASN
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