Acho que estou um pouco nostálgico! Às vezes me pego pensando em como era o estilo de vida na época de minha infância e de minha adolescência. No bairro onde fui criado, era comum, no final da tarde, as pessoas colocarem as cadeiras na calçada de casa para ficar papeando (conversando), enquanto as crianças brincavam na rua debaixo do olhar dos seus pais. Também era comum o fato de aquelas crianças chegarem correndo da escola e já quererem fazer o dever de casa e, assim, logo ficarem livres para brincar. Hoje, vemos as crianças ocupadas demais. Chegam do colégio e já vão para a banca ou para a aula de informática, de idioma, de esporte (o que nem sempre é a escolha deles, mas sim, dos pais). E quando tem um tempo livre, elas vão para o computador ou para o smartphone.
Se as crianças vivem assim, então o que dizer dos adultos? Muitíssimo ocupados. Existem familiares que mal tem tempo de se falarem, pois cada um está correndo para um lado diferente. Antes, as pessoas terminavam uma graduação e pronto. Mas, hoje, é necessário obter também uma pós-graduação, ou um mestrado, um doutorado, um pós-doutorado. Isso, se elas quiserem conseguir um lugar ao sol nesse mercado de trabalho tão competitivo dos nossos dias. Ou seja, parece que deveríamos inventar dias com mais de 24 horas e semanas com mais de 7 dias para tantas tarefas. E, na verdade, acho que, se assim fizéssemos, ainda não seria suficiente para atendermos toda a demanda de compromissos.
Fico então pensando a respeito do nosso tempo quanto às questões espirituais. É muito comum encontrarmos pessoas que dizem ser apaixonadas pelos cultos de sua igreja, mas que não tem tempo de estar presente, pois estão muito ocupadas. Deixem-me fazer o papel do “chato”, e te fazer algumas perguntas que podem incomodar: você tem tido tempo para ler a Bíblia? Você tem tido tempo para orar? Quantas vezes, no mês, você vai à igreja? Você tem tido tempo para algum trabalho voluntário? Você tem tido tempo para ouvir os problemas de alguém? Sabe, acredito que em todas essas coisas que acabo de citar, podemos, de alguma forma, dar tempo para Deus.
Como podemos dizer que não temos tempo para Aquele que nos deu todo o tempo que temos? Lembro-lhe das palavras da carta de Tiago: “a vida é como um vapor, que agora existe e daqui a pouco não existe mais”. Portanto, devemos viver a vida de forma a otimizá-la. Nossa vida está nas mãos d’Ele, e estamos vivos porque Ele assim permite. Convido você a repensar o seu tempo e, ao fazer isso, procure estabelecer suas prioridades na seguinte sequência: Deus, família, trabalho, igreja e todas as demais coisas. Porém, em todas elas, Deus presente.
Jesus os abençoe. Um forte abraço e até a próxima oportunidade, se Deus disser que sim.
Por *Luiz Antonio da Silva, ministro do Evangelho, é pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular no bairro Jardins, em Aracaju, e Supervisor da igreja no Estado de Sergipe. Possui formação acadêmica em Teologia e graduação em Psicanálise Clínica, com pós-graduação em Teoria Psicanalítica. Também é graduado em Administração, com ênfase em Recursos Humanos e pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas. Colunista no Jornal Correio de Sergipe e, agora, no Portal NaPolítica. Contato: luantosilva@msn.com
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