Universo Político.com

SINDICALISMO -
Sintrase diz que "dinheirinho" de Déda é "esmola", e entra em greve
Sintrase diz que

Afirmando estarem cansados de esperar pela aprovação do plano de carreira da categoria, os servidores da Administração geral do Estado de Sergipe decidiram cruzar os braços a partir da segunda-feira, 26. A categoria luta pela aprovação de um novo plano de carreira que recomponha as perdas salariais acumuladas nos últimos anos. Às 7 horas da segunda, os trabalhadoresse reúnem em frente à sede da Secretaria de Estado da Administração – Sead –onde farão uma grande manifestação.

 

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadorasdo Brasil – CTB-Se - apoia a greve os servidores públicos e estará ao lado dos trabalhadores enquanto durar a paralisação. Para Edival Góes, presidente daCentral no Estado, a greve é justa e o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT),deveria abrir um canal de negociação com a categoria. “Déda descumpriu com apalavra dada à direção do Sintrase de que apresentaria uma proposta concreta doplano de carreira até o dia 30 de julho. Os servidores não tiveram outraalternativa a não ser decretar greve”, afirma Edival.

 

Nem mesmo a ameaça do governador de suspenderos estudos para a elaboração do plano de carreira, caso os servidores entrem emgreve, impediu a decretação da paralisação. Durante a inauguração do Centro deAtendimento ao Cidadão – Ceac -, Déda afirmou que o Sintrase quer fazer “barulhinho”.“E você, servidor, quer um barulhinho ou um dinheirinho? É você servidor quemvai decidir. Se fizer greve agora, vai fazer barulho e não vai conseguir nenhumcentavo, porque não tem. O sindicato quer complicar. Se o sindicato quercomplicar, não tenham dúvida, vai complicar”, afirmou o governador.

 

Para Waldir Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe – Sintrase -, Déda foi infeliz em suas colocações e humilhou os servidores. “Dinheirinho é esmola e o servidornão é mendigo. Quer apenas o seu plano de carreira”, enfatiza. O presidente doSintrase está convencido de que o governador subestima a capacidade demobilização dos servidores e do sindicato que tem 22 anos de história.

 

Por Niúra Belfort

 

Leia também: Déda ameaça: se houver greve, o governo suspende a discussão sobre o PCC