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CAMPANHAS -
"Burocratização do processo eleitoral barra a alegria do povo", diz Rosângela
Segundo a vereadora, "grande parte do eleitor participa da política de benefícios proibida pela justiça"

"No ápice da campanha eleitoral de 2010, onde presenciamos manifestações enxutas, discretas, cheias de proibições pela justiça eleitoral, prevalecendo à busca do não incômodo e do moralismo político, a ética e a transparência dos candidatos têm sido cada vez mais questionadas". Este tema foi discutido na Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira, dia 2, pela vereadora Rosangela Santana (PT). A parlamentar, há muito tempo, vem incomodada com o silencio a que foi submetida à festa da democracia. Segundo Rosângela, a burocratização do processo eleitoral tem barrado a alegria do povo.

 

De acordo com a vereadora, apesar de todo moralismo imposto pela Justiça Eleitoral, é imoral e está diante dos olhos de todos os candidatos, sem exceção, um dado interessante.

 

Rosângela observou que o eleitor quer ser representado por parlamentares sérios, honestos e que apresentem total transparência em seus projetos, porém, esses mesmos eleitores não participam do processo eleitoral com a mesma honestidade que exigem. "Grande parte deles, seja da classe A ou E, ainda participa da política de benefícios, condenada e também proibida pela justiça eleitoral", diz.

 

Para a petista, não existe um candidato sequer que não foi intimado a fornecer uma dúzia de tijolos ou uma quantia em dinheiro em troca de votos. Ela acredita que os eleitores, dessa forma, votam em candidatos sem proposta visando apenas o próprio benefício e poucos meses depois nem sabem qual candidato ajudou a eleger nem tampouco o que ele está fazendo pela sua comunidade.

 

O que é mais revoltante, para Rosângela, são os desacatos a que ela é submetida, ao fazer campanha para seus candidatos, quando os mesmos eleitores que pedem uma ‘ajudinha' em troca de votos, afirmam que todos os parlamentares são corruptos e desonestos, afirmação esta feita sem embasamento, sem conhecimento, o que para ela o faz um cidadão sem moral.