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Coronavírus: MonitorAju envolve profissionais de diversas áreas

Solução criativa implementada há cerca de um mês, quando a Prefeitura de Aracaju adotou as primeiras medidas de enfrentamento ao coronavírus, o MonitorAju é um serviço de atendimento destinado a orientar a população aracajuana sobre a doença, além de realizar triagem e monitoramento de casos sintomáticos.


De lá para cá, os 84 profissionais que atuam no serviço já realizaram mais de 4.420 atendimentos. Formados em diversas áreas, a maioria deles foi realocada por compor o grupo de risco e não poder atuar na linha de frente contra o vírus. Mas, mesmo no teleatendimento, todos têm o mesmo objetivo de continuar prestando um bom serviço e ajudar a salvar vidas.


Para a fonoaudióloga Catarina Lúcia Barbosa Amaral, que trabalha no Centro de Especialidades e está cedida ao MonitorAju, esse é o momento de continuar sendo útil e prestando atendimento à população. Ela atua na reabilitação de crianças e adultos que têm sequelas neurológicas, com atendimentos individualizados e em grupo e orientação às famílias, o que está suspenso no momento.


“Agora, estou aqui no MonitorAju para tirar dúvidas referentes ao coronavírus e para orientar pacientes que estão com sintomas gripais, para ver se são suspeitos ou não. A diferença é que antes a gente atendia o paciente, no toque, na reabilitação, para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dele. E agora estamos mais na orientação, ajudando de outra forma, passando os cuidados para que a doença não se propague e a gente tenha ainda mais problemas no futuro”, relata Catarina.


Ela diz que, além de se sentir útil, sabe que está fazendo algo importante e que, de fato, pode fazer a diferença na vida de alguém. A fisioterapeuta Adelaine da Silva Oliveira tem o mesmo entendimento. Adelaine está no MonitorAju desde o primeiro decreto com as medidas de enfrentamento ao coronavírus, que suspendeu o serviço de reabilitação, permitindo que a equipe fosse realocada para o novo serviço.


“Me sinto muito bem com isso, porque apesar da falta dos meus pacientes e da minha área de atuação, estou sendo útil e posso ajudar a população da maneira que é possível no momento”, destaca Adelaine. Para essa atuação no serviço, os profissionais recebem treinamento específico e atualização diária. Tudo para que estejam aptos a passar as informações mais relevantes para os usuários.


“O serviço não para, são muitas ligações e dúvidas de todos os tipos. A gente está sempre atento às novas informações, aos novos decretos, para passar tudo isso para as pessoas”, reforça. Cirurgiã dentista da Unidade Básica de Saúde (UBS) Renato Mazzi Lucas, Stéphane Araújo Barreto foi realocada no MonitorAju por estar grávida e compor o grupo de risco. Para ela, atuar no serviço de orientação e triagem da Prefeitura é uma forma de continuar prestando atendimento à população.


“E isso tem sido muito necessário, tanto a informação quanto o acompanhamento, porque a doença ainda não tem tratamentos concretos. É um momento muito difícil, as pessoas estão muito assustadas e o MonitorAju está vindo com o papel de orientá-las melhor”, define Stéphane. Segundo ela, mesmo sem atendimento presencial, os diversos profissionais não deixam de fazer a parte preventiva e de orientação. “A gente continua dando assistência e ajudando a população a enfrentar esse momento”.


MonitorAju

Em quase um mês de implementação, o MonitorAju já teve as equipes de técnicos ampliadas e passou a ser disponibilizado também através de um formulário online, no site da Prefeitura de Aracaju. Com essa ferramenta, a Prefeitura objetiva atender a cada vez mais pessoas.


"É no MonitorAju que as pessoas devem buscar informação antes de sair de casa para ir a uma unidade de saúde", resume a enfermeira Cynthia Rocha, coordenadora do serviço, que funciona na Secretaria Municipal da Saúde.


O canal funciona de domingo a domingo, 24h por dia, da seguinte forma: quando alguém entra em contato, a equipe faz uma triagem quanto à classificação do caso do usuário, que pode ser suspeito, não suspeito ou apresentar uma síndrome gripal.


"Se for considerado suspeito, realizamos o monitoramento telefônico por 14 dias; num caso em que a pessoa viajou mas está assintomática, a gente conversa e pede isolamento de sete dias. Se, nesse período, ela desenvolver sintomas, deve nos informar e a gente monitora também", detalha Cynthia.


Para a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, o serviço tem sido fundamental nesse momento e vem ganhando cada vez mais melhorias, tornando-se uma ferramenta de comunicação capaz de tirar pessoas das unidades de saúde, evitando a exposição delas e o aglomerado de gente.

“Minha satisfação é que isso criou corpo, as pessoas começaram a aderir e hoje é uma realidade”, ressalta Waneska. Realidade que cada um dos profissionais ajuda a melhorar diariamente, ainda que por telefone.


Da Ascom