BRASILEMUNDO
- Davi Alcolumbre diz que reforma tributária é prioridade e descarta novos impostos |
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, garantiu que a reforma tributária será a prioridade do Senado no primeiro semestre de 2020. Em um café da manhã com jornalistas na residência oficial, nesta sexta-feira (20), ele disse também que a Casa não aceitará nenhuma nova taxação aos moldes da CPMF ou um imposto sobre transações digitais. Ele defendeu um novo sistema tributário menos burocrático e que, de fato, aconteça. E sublinhou o papel da comissão mista que tratará do assunto durante o recesso parlamentar, para consolidar um texto de consenso em até 90 dias. O presidente do Senado sinalizou ainda um acordo entre Senado e Câmara, que possibilitará a aprovação da matéria já no primeiro semestre de 2020. Segundo Davi, o Senado já indicou os 15 membros, faltando apenas a indicação dos deputados que comporão o colegiado. A primeira reunião, segundo o presidente, está marcada para 7 de janeiro. — A gente quer uma reforma que simplifique a vida das pessoas. Não adianta criar um caminho para se criar um novo imposto, que não vai. [O presidente da Câmara] Rodrigo Maia já falou, eu já falei. É improvável o Senado voltar alguma coisa que seja para aumentar a carga tributária dos brasileiros — afirmou. Segunda instância
— Vou, na base do que foi estabelecido, aguardar o calendário do Rodrigo [Maia] e aguardar a PEC, que é o certo. Quando ele falou que entrega o texto ao Senado em abril, e como está todo mundo ansioso para votar, e eu acho que tem que votar, o Senado poderá quebrar todas as regras regimentais, por meio de acordo, e a gente votar em 30 dias. PEC Paralela da Previdência
— Temos que voltar do recesso e resolver esse problema. Eu vou pedir ao Rodrigo que busquemos os votos para inclusão de estados e municípios, esqueçamos o resto todo. Então, o texto volta para o Senado e a gente faz só o que prometeu fazer — afirmou. Tramitação de PECs
— Isso aconteceu depois da conversa sobre a promulgação ou não, por conta desse entendimento de que, se expirasse o prazo na comissão expiraria o prazo da MP. Mas não é o espírito do que a gente quis fazer. E os outros artigos também se referem a este: de dar prazo para a comissão trabalhar. Ela terá 30 dias para terminar o relatório. E eles acham que, se não terminar o relatório nesse tempo, a MP nem iria a Plenário, mas não foi este o espírito — explicou.
Poderes
O presidente do Senado respondeu perguntas dos jornalistas sobre as investigações no Rio de Janeiro relacionadas ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Davi elogiou o filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, considerando Flávio um mediador entre os senadores e o governo. Ele ressaltou que os episódios não afetam o Senado, porque se referem ao tempo em que Flávio era deputado. E disse que o parlamentar deverá responder juridicamente ao caso, assim como qualquer pessoa. — Não posso entrar na vida pessoal dele, acho que todos têm autoridade e capacidade de responder qualquer acusação. Ele é muito atuante politicamente, tem o meu respeito, é uma pessoa do bem, de quem eu gosto e com quem a conversa é muito boa — afirmou. Energia
— Como se vai vender algo que vale R$ 120 bilhões por R$ 15 bilhões? É isso que a maioria é contra. O Brasil não pode perder. Esse é um patrimônio dos brasileiros.
Imprensa
— Todos os dias lembro-me daquele dia e penso em tudo o que aconteceu, com a consciência de que não posso errar — declarou. O presidente também agradeceu aos jornalistas que cobrem o dia a dia do Parlamento. — Foi uma honra conviver com vocês este ano, reconheço a importância de cada um e sua capacidade de comunicar bem às pessoas sobre o que acontece em Brasília. Foi um ano importante, de muito trabalho. E, em um país tão grande, com tantas realidades diferentes, são os veículos de comunicação os responsáveis por informar os milhões de brasileiros ávidos por informação — concluiu.
Da Agência Senado |