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Sintese divulga carta aberta aos professores
Sintese divulga carta aberta aos professores

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) divulgou nesta segunda-feira, 2, uma carta aberta aos professores da rede estadual. O objetivo é esclarecendo alguns pontos da greve e clamando para que professores se junte ao protesto, em frente à Assembléia Legislativa de Sergipe (Alese).

Os professores da rede pública do Estado de Sergipe iniciaram a greve por indeterminado no dia 26 de novembro, por causa dos Projetos de Lei Complementares (PLC) nº 16/2019 e 17/2019, que mudam algumas regras nas carreiras dos professores.O Sintese acredita que se o projeto que altera a regra do triênio dos professores da ativa e aposentados for aprovado, ocasionará em “uma redução salarial que pode chegar a 40% da remuneração”. Outro ponto é a carga horária, que “só professores e professoras que têm 16 anos de serviço poderão continuar com o direito”.

Confira a carta:

"É fundamental que estejamos juntos e na luta. E o palco da luta hoje é dentro e em frente à Assembleia Legislativa. Decidimos na assembleia no dia 28 de novembro que vamos continuar a greve e a vigília na Assembleia Legislativa.
O momento para nós é crucial. Os projetos só não foram votados do jeito que estavam, porque os professores e professoras encheram a praça Fausto Cardoso e estão em vigília dentro da Assembleia Legislativa, dormindo desde a terça, dia 26.
No processo de diálogo com os deputados e deputadas iniciado com a vigília apresentamos emendas aos projetos de lei, aprovadas pelos professores e professoras na assembleia, para garantir direitos conquistados com muita luta e sacrifício.
Cada professor e cada professora que hoje está na rede estadual tem um papel primordial na manutenção destes direitos.
Direito é conquistado com luta a resistência
Mas como em toda luta e resistência, há também a reação. Circulou no whatsapp, texto atribuído ao diretor do Departamento de Recursos Humanos da SEDUC, Jorge Costa, que ameaça os professores e professoras com corte de ponto, caso não retornem as aulas imediatamente.

Por isso, vamos explicar alguns pontos:
A liminar que decretou a ilegalidade da greve não trata do corte de ponto. Além disso, o sindicato irá contestar os argumentos utilizados pelo governo ao solicitar a ilegalidade.
O SINTESE lamenta o teor do texto, pois a SEDUC deveria buscar o diálogo para garantir o direito dos professores e professoras.
Além disso é preciso lembrar que os 200 dias letivos, garantidos na LDB, são dos estudantes, ou seja, qualquer aula que não for ministrada é, obrigatoriamente, reposta. Caso haja corte de ponto, o governo diz que os professores e professoras não estarão obrigados a repor as aulas. O que, consequentemente, não encerra o ano letivo.
Integrantes do governo tem dito na tv e no rádio que se preocupa com estudantes. É com essa ação que o governo diz se preocupar eles?

Por isso, professores e professoras é fundamental que estejamos juntos e na luta. E o palco da luta hoje, amanhã e até que consigamos garantir nossos direitos é dentro e em frente à Assembleia Legislativa."

 

 

Da Ascom Sintese