Universo Político.com

SERGIPE -
Rochemback avalia que União foi omissa no caso do óleo no mar
Audiência aconteceu na Alese
Rochemback avalia que União foi omissa no caso do óleo no mar

Também convidado para participar da audiência pública promovida pela deputada estadual Kitty Lima (Cidadania), no plenário da Assembleia Legislativa, na tarde dessa terça-feira (29), sobre o derramamento de óleo no litoral sergipano, o procurador do Ministério Público Federal, Ramiro Rochemback, avalia que a União foi “omissa” em permitir que o óleo chegasse nos rios, mangues e estuários.

Ele lembrou que a audiência pública só estava ocorrendo porque as recomendações do Ministério Público Federal não foram atendidas. Ele ressaltou o esforço do MPF que exigia medidas de proteção para as áreas sensíveis e vulneráveis com barreiras, novas técnicas e tecnologia usada no mundo afora. “Mas é preciso pagar por isso e como não se encontrou a fonte causadora, a União não quis pagar, não desembolsou para proteger as nossas áreas”.

O Procurador lamenta que pescadores e outras categorias estão sendo diretamente afetadas porque as áreas não foram devidamente protegidas. “É esperar bater para ver o que fazer! Com um trabalho com ritmo lento (o óleo) chegou aos mangues, estuários e rios. O MPF reafirma que a União foi omissa e não quis empregar os recursos necessários. Os danos tendem a aumentar”.

Ramiro ainda chamou a atenção para o problema social. “Temos muitas famílias que são pessoas humildes e sobrevivem da pesca. Essas pessoas viram seu estilo de vida despencar”, disse, pontuando que a identificação dos responsáveis é um trabalho que deve ocorrer de forma paralela e não como prioridade. “A maior preocupação é o óleo presente e não sabemos se a fonte já parou e se ainda vem mais”.

“Esta é uma grande lição de que nossas áreas devem ser protegidas, com barreiras e monitoramento. Precisam ser acompanhadas para evitar desastres com maiores proporções. Se não observam as técnicas, aumentam os danos ambientais. Nem toda investigação chega ao fim, mas e se chegar a um navio pirata? Agora estamos discutindo providências que devem ser tomadas nas áreas próximas que podia ser evitado. Temos um desastre e boa parte dos recursos com a União. Então cabe a ela exercer um plano de contingência”, finalizou Rochemback.


Da Alese