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SERGIPE -
“Temos que construir pontos de consenso na Reforma”, avalia Rogério
“Temos que construir pontos de consenso na Reforma”, avalia Rogério

Durante audiência pública sobre a Reforma da Previdência, promovida pelo deputado estadual Iran Barbosa (PT), na manhã dessa sexta-feira (12), no plenário da Assembleia Legislativa, o senador Rogério Carvalho (PT) enumerou alguns pontos como “inegociáveis” na discussão do texto da Reforma, mas reconheceu que não dá para fazer um enfrentamento sobre o projeto como um todo. Ele defende a construção de pontos de consenso.

Rogério Carvalho pontuou que o Brasil acompanha um processo de reorganização do capitalismo em torno dos grandes fundos de investimentos e na busca da liquidez financeira do mundo. “Todas as ações do clã Bolsonaro são movidas por ideologias de Estado. A proposta é que o indivíduo é capaz de prover suas necessidades sem a presença, sem a intervenção do Estado”.

Em seguida, o senador petista colocou que o “pilar” da inclusão pelo Direito é a Seguridade Social. “É o Estado cumprindo o papel na distribuição da riqueza. Vejam o impacto na economia que tivemos nas regiões Norte e Nordeste, durante os governos de Lula, com o aumento do salário mínimo, impactando na aposentadoria rural. Em Nossa Senhora da Glória, por exemplo, para cada real de FPM que entra, mais de R$ 4 é para aposentadoria rural”.

Rogério Carvalho colocou ainda que em 60 dias do novo Congresso, a bancada do PT já conseguiu criar junto à opinião pública o entendimento que andar com armas não é mais seguro, que a Reforma da Previdência não é necessária, contra o pacote anticrimes. “Essa coisa de autorizar matar sob qualquer circunstância é algo absurdo! Estamos vencendo isso junto ao povo e temos que ampliar esses debates. Até para a gente impor os rumos que esta Reforma terá no Congresso Nacional”.

Por fim, Rogerio colocou que já promoveu um jantar para 28 senadores das regiões Norte e Nordeste e que, no próximo dia 23 vai tentar reunir mais de 40 senadores e os governadores dessas regiões. “A questão do BPC (Benefício de Prestação Continuada), da aposentadoria rural, a desvinculação do salário mínimo são coisas que não podem entrar em negociação! Não dá para fazer o enfrentamento achando que 100% da nossa pauta será aprovada. Temos que construir pontos de consenso na Reforma”.

O debate foi realizado em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômico (Dieese) e com centrais sindicais de Sergipe. Foram convidados o doutor em Direito Político e Econômico, professor, advogado sindical e de movimentos sociais, Maurício Gentil, e o economista e supervisor técnico do Dieese em Sergipe, Luís Moura.


Da Ascom