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Atentado em Suzano reacende na Câmara discussão sobre desarmamento
Deputados lamentam tragédia

O atentado ocorrido na manhã desta quarta-feira (13) em uma escola em Suzano, região metropolitana de São Paulo, reacendeu na Câmara a discussão sobre o desarmamento no Brasil.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que espera que não comecem a dizer que se os professores estivessem armados, a tragédia teria sido evitada. "Segurança é dever do Estado e não do cidadão", enfatizou.

Mais cedo o senador Major Olímpio (PSL-SP) deu declaração nesse sentido. Em plenário, o deputado Paulão (PT-AL) lamentou o pronunciamento feito pelo senador. Para o deputado, a declaração é insana e estimula o discurso de ódio.

Já o deputado capitão Wagner (Pros-CE) chamou atenção para a responsabilidade dos parlamentares em relação a projetos que liberem o uso indiscriminado de armas para a população. "Nós temos que ter pré-requisitos estabelecidos e rigorosos para as pessoas poderem portar arma de fogo. Não dá para fazer populismo com um tema tão importante. A gente sabe que grande parte da população brasileira quer ter uma arma na cintura, mas a responsabilidade para ter uma arma na cintura é muito grande”, ponderou.

Para o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), o fato ocorrido na escola estadual Professor Raul Brasil é lamentável. Ele defende que o País repense o sistema de segurança pública atual. Para ele, faltam medidas efetivas de segurança pública e o Legislativo tem parcela de culpa nessa situação.

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) relacionou o episódio à cultura da violência e à liberação indiscriminada de armas no País e questionou os parlamentares que defendem o porte de armas como solução para a violência.

Um adolescente e um jovem encapuzados invadiram uma escola de ensino médio em Suzano e mataram cinco alunos, duas funcionárias e o proprietário de uma loja próxima, que era tio de um dos assassinos. Os dois atiradores, que eram ex-alunos da escola, se mataram após o ataque.

Milícias

Presidente da Comissão de Direitos Humanos durante o ano passado, o deputado Marcon (PT-RS) lembrou ainda a prisão dos matadores de Marielle Franco e as buscas da polícia, que encontrou centenas de armas em locais ligados aos milicianos presos. O parlamentar pediu agilidade na criação de uma CPI para investigar as milícias.


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