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Polícia Civil detalha esquema de desvio da taxa de abate em Itabaiana
Prefeito de Itabaiana continua preso
Polícia Civil detalha esquema de desvio da taxa de abate em Itabaiana

Do Portal NaPolítica

O Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) detalhou a Operação Abate Final no município de Itabaiana, que culminou na prisão do prefeito Valmir de Francisquinho. Segundo a polícia, os valores totais pagos por quem utilizava a estrutura do matadouro não eram repassados aos cofres públicos.

O valor estabelecido para o abate no Município era de R$ 10, o qual foi atualizado para R$ 17,15. Segundo o Deotap, do valor que era pago menos de 30% eram depositados na conta do Município. Entre osos anos de 2015 a 2017 foram abatidos, por ano, entre 2.500 a 3.900 animais, recolhendo entre R$ 24 mil a R$ 39 mil. A Polícia ainda não conseguiu traçar a destinação do recurso desviado e permanece em investigação, também para identificar outros possíveis envolvidos.

“É um caminho difícil de ser perseguido tendo em vista que tudo tramita em espécie. Mas sabemos que o prefeito tem um ‘laranja’ que tem um patrimônio de mais de 12 lotes no município - que não corresponde a sua renda - e que provavelmente o dinheiro desviado era utilizado nas contas desse laranja para aquisição desses bens”, afirmou a coordenadora do Deotap, Thais Lemos.

A delegada-geral Katarina Feitoza afirmou que os envolvidos vão responder por excesso de exação qualificada (cobrança indevida de tributos), lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime de licitação, todos comprovados e com provas robustas ao decorrer do inquérito policial.

Os principais alvos são o prefeito de Itabaiana, Valmir dos Santos Costa, mais conhecido como Valmir de Francisquinho, e o secretário de Agricultura de Itabaiana, Erotildes José de Jesus. Também foram presos Jamerson da Trindade Mota, Breno Veríssimo Melo de Jesus e Manoel Messias de Souza.


Da redação