SERGIPE
- João Daniel parabeniza ativistas por protestos |
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Trabalhadores e integrantes de movimentos sociais seguem mobilizados por todo país na tentativa de impedir que seja votado o projeto de reforma da Previdência, encaminhado pelo governo à Câmara dos Deputados. Na sessão desta terça-feira, dia 12, o deputado federal João Daniel (PT/SE) prestou solidariedade a todas as organizações da classe trabalhadora que vêm fazendo lutas, mobilizações, vigílias e greves de fome para impedir mais esse perigoso ataque à nossa Constituição e contra os brasileiros.
O deputado informou que em outros estados movimentos semelhantes têm acontecido, como em Santa Catarina onde o militante da Via Campesina, MST e fundador do PT Vilso Santi e a companheira Justina do Movimento de Mulheres também estão em greve de fome, no Rio Grande do Sul e em Sergipe, onde, desde segunda-feira militantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) entraram em greve de fome por tempo indeterminado em repúdio à reforma da Previdência. Samuel Carlos, Elielma Barros, José Valter Vitor e Eliana Sales, de Alagoas, seguem mobilizados, em greve, dentro da Assembleia Legislativa de Sergipe. “Eles estão em movimento para cobrar dos parlamentares desta Casa uma postura contra a reforma da Previdência”, ressaltou. Os militantes em greve de fome em Brasília receberam, na tarde dessa terça-feira, a visita de Dom Sergio da Rocha, arcebispo metropolitano de Brasília, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), membro do Conselho da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos (Vaticano) e da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL). O deputado João Daniel acompanhou a visita. Os grevistas também seriam recebidos pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a quem passariam a informação de que a greve seria paralisada, tão logo fossem informados que a reforma da Previdência não entraria na pauta de votação. “Por isso nesse momento é preciso muita mobilização e luta da classe trabalhadora, das centrais sindicais, da Contag, e assim haveremos de barrar essa reforma contra o povo brasileiro”, afirmou. Golpes sucessivos Entre eles, o parlamentar listou a o projeto de terceirização, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Gastos e a reforma Trabalhista, tudo sob o argumento de que era para modernizar, melhorar e gerar emprego no país. “E agora a ‘cantiga’ é a reforma da Previdência”, disse, ao lembrar que na semana passada a maioria da Câmara aprovou a Medida Provisória – em votação no Senado nessa terça-feira – que abriu mão de R$ 1 trilhão em impostos que não serão pagos pelas empresas de petróleo estrangeiras. “Enquanto isso, o povo paga quase R$ 100 por um botijão de gás. Isso é uma vergonha, um ataque à democracia, à nossa Constituição e ao povo brasileiro”, denunciou. Para ele, a reforma da Previdência só interessa aos bancos e a congressistas empresários ou financiados por bancos e empresas.
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