Universo Político.com

SERGIPE -
CMA debate valor da tarifa do transporte coletivo
CMA debate valor da tarifa do transporte coletivo

Na tarde da última terça, 22, aconteceu no Plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), a Audiência Pública sobre o reajuste da tarifa do transporte coletivo na Grande Aracaju. De autoria do vereador Iran Barbosa (PT), contou com a participação dos parlamentares Américo de Deus (Rede) e Kitty Lima (Rede), além do assessor de Trânsito da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Aracaju (SMTT), Jorge Luiz.

A audiência contou ainda com a participação do presidente da Associação Atlética da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lucas Santos Bomfim, que também é coordenador do Diretório Acadêmico de Engenharia Química e Química Industrial da UFS, do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rubens Marque de Souza (professor Dudu), e do militante do ‘Movimento Não Pago’, Demétrio Varjão.

Na ocasião, o vereador Iran, enfatizou os interesses da CMA. “Esse aumento era incumbência do Legislativo, mas recentemente através de um Projeto de Lei (PL), retirou- se esta prerrogativa, o que para nós, cria uma grande dificuldade para o povo aracajuano. Contudo, não iremos desistir de debater sobre questões que influenciam na vida das pessoas desta cidade. Propus que a Administração Pública Municipal, antes de aumentar a tarifa, tomasse três importantes providências. A primeira delas é que, para ter um aumento justo no valor da tarifa, que a proporsta fosse analisada com mais precisão. A segunda, solicitamos que fosse feita uma atualização na tabela que define e instrui o valor da tarifa, e por último que a lei que criou o Conselho Consultivo da SMTT fosse atualizada”.

O vereador Américo de Deus relatou alguns fatores que desfavorecem o uso do transporte coletivo. “A insegurança e o aumento da passagem, nos fazem utilizar cada vez mais os veículos particulares, até porque não saberemos o que nos poderá ser furtado no trajeto, dentro de um ônibus".

Já a vereadora Kitty Lima ressaltou que é preciso ouvir os usuários do transporte coletivo. “Estamos aqui para atender os anseios da população e não entendemos para que esse aumento”.

O assessor de Trânsito da SMTT, Jorge Luiz, falou sobre as leis que regulamentam e o impacto do aumento da passagem na Grande Aracaju. “Em julho foi apresentado um novo pedido, que elevaria a tarifa para R$ 4,06. Analisei e não conseguia prever esse aumento, então chegamos ao valor de R$ 3,54. Na última quinta-feira, 17, foi apontado pelo Conselho Consultivo da SMTT que o valor da tarifa seria de R$ 3,50, entrando em vigor no último sábado, 19.

“Estive presente nas manifestações em Aracaju. Recentemente nós tivemos provas de assaltos dentro do transporte coletivo; as empresas que atrasam salários e que não dão condições para os trabalhadores. As planilhas eram utilizadas e aprovadas, mas o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Aracaju (Setransp), não mais as apresentou. O que cobramos é que seja apresentada uma proposta de compra de peças, combustíveis e pneus para frotas, e não de forma individual. O transporte em Aracaju não é muito eficaz e acho que a questão crucial é a transparência da planilha”, explanou Rubens Marques de Souza, presidente da CUT.

Lucas Santos Bomfim, presidente da Associação Atlética da UFS, pontuou. “O que tem sido oferecido para a população aracajuana? Aumentos exorbitantes, mas com problemas que não atendem a demanda da cidade; vários assaltos, uma média de três por dia, fora os que não estariam sendo registrados; qual o cálculo base para esse valor? A exemplo temos Salvador, que está no valor de R$ 3,60. Já em São Paulo, a tarifa de metrô é mais baixa que a de coletivo em Aracaju. Esse aumento afeta a vida do estudante e do trabalhador, porque não há um aumento no valor das bolsas, cabe ao poder público analisar esses fatores”.

Demétrio Varjão explanou sobre a inversão do aumento da tarifa em Aracaju e em algumas outras capitais. “A licitação começou a ser feita na gestão de João Alves e agora com Edvaldo. Quando pegamos o cálculo da tarifa, porque ela é tão escondida, que impede a população de ter acesso a esse documento, apenas por vias judiciais, se há uma lei de acesso à informação, porque esse bloqueio?”, indagou.


Da CMA