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SERGIPE -
Alese discute escassez de água em Sergipe
Alese discute escassez de água em Sergipe

Na última sexta-feira, 19, a Frente Parlamentar Mista de Meio Ambiente, Segurança Alimentar, Comunidades Tradicionais e dos Povos de Terreiro, coordenada pela deputada estadual Ana Lúcia (PT), realizou a audiência A Crise Hídrica e a Seca em Sergipe no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe.


A audiência contou com a participação do doutor em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental e presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH), Vladimir Caramori Borges de Souza, do secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Olivier Chagas, do superintendente de Sistemas Regionais de Água da Deso, Carlos Anderson, do superintendente de Recursos Hídricos do Estado de Sergipe, Aílton Rocha, além de ambientalistas, pequenos agricultores, representantes de movimentos sociais e trabalhadores do campo e da cidade, que lotaram o plenário e as galerias da Casa.


Para a deputada Ana Lúcia, o evento é uma forma de buscar soluções para o enfrentamento contra os problemas relacionados à crise hídrica pela qual passa o estado de Sergipe. “Visto que praticamente todo o território sergipano foi afetado pela escassez de recursos hídricos, essa audiência é de extrema importância pois permite a aproximação entre Poder Público e sociedade, possibilitando os gestores a conhecerem mais profundamente as demandas da população”, explicou.


O doutor em Vladimir Caramori fez uma apresentação em que contextualizou o cenário de escassez dos recursos hídricos. “A escassez de água não é exclusiva de Sergipe ou do nordeste brasileiro. Ela é uma condição natural que nós precisamos nos preparar para enfrentar de tempos em tempos”. O presidente da ABRH prosseguiu apontando os principais pontos que devem ser observados para lidar com esse problema. “Para encarar esse tipo de situação (escassez de recursos hídricos), nós devemos nos atentar à questão da qualidade e da quantidade de água, aos conflitos pelo uso da água, às alternativas de tratamento do problema e à importância da estruturação do sistema de gestão”, resumiu.


O superintendente de Sistemas Regionais de Água da Deso, Carlos Anderson, destacou como o mapa da escassez hídrica mudou em Sergipe. “Apesar de todo o histórico, a região do sertão sergipano é a que está nos dando menos problemas atualmente. Infelizmente, hoje, a região mais crítica é a centro-oeste do Estado, com ênfase em cidades como Malhador, Ribeirópolis, Moita Bonita e até Itabaiana”.


Já o secretário de estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Olivier Chagas, enfatizou o problema de falta de conscientização da população no uso da água. “Parece que a sociedade ainda não entendeu a gravidade do problema da escassez da água. A situação é grave e nós precisamos dos esforços de todos. O Estado precisa fazer a sua parte através das políticas públicas mas a sociedade também precisa participar desse processo de conscientização”.


Aílton Rocha, superintendente de Recursos Hídricos do Estado de Sergipe, destacou o problema da devastação do meio ambiente. “Todos os mananciais de Sergipe estão na UTI. Nós sabemos que muitas pessoas degradam esses ecossistemas por ignorância e desinformação. Mas sabemos que também tem outros tantos que degradam por ganância, que visam apenas o lucro. E aí o braço do estado deve entrar para conter esse tipo de comportamento. Precisamos melhorar a nossa fiscalização. Isso pode acontecer se houver um fortalecimento institucional na gestão dos serviços públicos”, salientou.

Por Assessoria Parlamentar