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Greve dos médicos é debatida em Audiência Pública na CMA
Greve dos médicos é debatida em Audiência Pública na CMA

Atendendo a um Requerimento do vereador Fábio Meireles (PPS), a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) realizou nesta terça-feira, 11, uma Audiência Pública com a presença do Conselho Municipal de Saúde. Fábio Meireles que já atuou como conselheiro municipal, disse que foi através desse espaço que conheceu as necessidades da população aracajuana. O vereador deixou claro que solicitou a realização da audiência pública pensando na situação da população aracajuana sem tomar decisões partidárias.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, José Augusto Couto relatou a situação da greve de quase dois meses dos médicos da rede municipal. “O Conselho não está aqui para julgar se a greve é legal ou ilegal. O que a gente quer é que tenha uma abertura digna de negociação da prefeitura com os médicos, pois, estamos acompanhando diariamente a reclamação da população aracajuana”, ressaltou. José Augusto observou que o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) está superlotado porque os postos de saúde estão desassistidos por falta de médicos para atender.

E70A7513A Secretária da Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde, Núbia Santana agradeceu a oportunidade de estar na Casa Legislativa e descreve uma situação de caos em que encontra-se a Saúde. “O povo não tem a oportunidade de ser atendido e está morrendo. Toma dipirona acaba morrendo porque não tem outra alternativa para aliviar a dor. Nós precisamos acordar. Nós estamos aqui para pedir o apoio dos parlamentares”, frisou. Segundo Núbia, tem médicos que já recebeu os salários de janeiro, fevereiro, março e já aderiu o empréstimo e continua sem trabalhar. “Não sou contra a greve, é um instrumento legal mas, as pessoas também têm o direito de viver também”, opinou.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) João Augusto Alves de Oliveira foi a Tribuna da CMA para falar sobre a versão dos médicos grevistas. De acordo com o sindicalista, não é verdade que mais de 70% dos médicos aderiram o empréstimo para receber o salário atrasado de dezembro. “Nenhuma conta bate na prefeitura. É papel dos vereadores verificar o que está acontecendo de verdade”, solicitou ao Plenário da Casa.

João Augusto disse que é favorável a uma negociação com a prefeitura, mas, segundo ele, é o prefeito que não quer se reunir com a categoria. “O conselho municipal de Saúde aprovou em Plenário com nenhum voto contrário, convocar o prefeito, o Sindicato dos Médicos e o Conselho Municipal de Saúde para uma mesa de negociação e o prefeito ignorou completamente o Conselho”, reforçou.

Para o representante do Conselho Municipal de Saúde, Luiz Carlos da Silva o Conselho é um órgão deliberativo com a função de fiscalizar. Luiz torce para a resolução da questão o quanto antes. “O que não pode acontecer é a gente continuar vendo as pessoas sem atendimento. Peço aos senhores que intervenham essa situação insustentável. O prefeito não cede, o sindicato também não e quem sofre é a população há muito tempo”, disse.


Da CMA