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Conselho de Psicologia celebra mês da mulher
Em cine-debate serão abordados temas como machismo, misoginia, mutilação genital e feminicídio
Conselho de Psicologia celebra mês da mulher

O mês de março acaba de chegar e as entidades que atuam em defesa dos direitos da mulher se articulam para celebrar o mês da mulher. No tocante à Psicologia, isso não poderia ser diferente. Em Aracaju, Conselho Regional de Psicologia da 19. Região, Grupo de Pesquisa em Gênero, Sexualidade e Estudos Culturais de Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Núcleo Sergipe da Abrapso (Associação Brasileira de Psicologia Social) irão se reunir para debater temas como machismo, misoginia, mutilação genital, feminicídio. 

O evento acontecerá no dia 08 de março, internacionalmente celebrado como o dia da Mulher, no Auditório da ADUFS, em duas sessões, às 15h e às 19h, e terá o formato de um Cine-Debate, com a exibição do filme Flor do Deserto. O evento conta ainda com o apoio do GT Mídia, gênero, cinema e arte da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Ordem dos Advogados em Sergipe, programa de pós graduação interdisciplinar em cinema e narrativas sociais da UFS.

"Parcerias como essa possibilitam um amplo debate acerca do papel da mulher, historicamente construído e ainda tão circundado de complexas questões na atualidade. Por ser uma profissão marcada pelo feminino, a Psicologia escolhe o Dia da Mulher para refletir e buscar ações de empoderamento da mulher em nossa sociedade", falou Lidiane dos Anjos, Conselheira vice-presidente do CRP19.

Filme
Lançado em 2009, o filme Flor do Deserto conta a história de Waris Dirie, modelo somali, que ficou famosa internacionalmente ao ser descoberta por Terry Donaldson, grande fotógrafo da indústria da moda, quando ela era apenas uma funcionária do McDonalds. Desde o início de sua carreira, Waris chamava a atenção da mídia e da indústria da moda. Além da sua beleza inigualável, sua trajetória contava a história de uma adolescente proveniente de uma família de nômades na África que, paulatinamente, povoava as capas de revista, sendo o rosto escolhido por grandes marcadas de cosméticos, na Europa e nos Estados Unidos. No entanto, após uma entrevista à Revista Marrie Claire, ela passa a ocupar os Meios de Comunicação para esclarecer uma revelação desconcertante a respeito da cultura africanas e de suas práticas para com as mulheres. 

Aos 3 anos, Waris havia sido mutilada. Seu clítoris e pequenos lábios foram retirados e os tecidos costurados, como símbolo da pureza feminina, que mais tarde seria celebrada como marca de sua fidelidade. Ao ser vendida para um marido arranjado pela família, ele teria a clareza de que ela só haveria pertencido a ele e de que jamais se interessaria por outro homem, além de seu marido porque os prazeres do sexo lhe haviam sido removidos. O filme escolhido foi escrito e produzido pela própria Waris, que após revelação passou a ocupar o lugar de porta-voz internacional da ONU, para os assuntos da Mutilação genital e circuncisão feminina.

A exibição do filme acontecerá no início das sessões do Cine-Debate, seguida de algumas falas e intervenção dos ouvintes. A ideia é de que nos sensibilizemos pelas práticas de violação aos direitos da mulher e possamos conhecer, nos informar a respeito do que fazer quando tais situações se impõe a esta minoria populacional.

Acesse: tudoparamulher.net