Por Raissa Cruz 

 

O secretário geral do Ministério Público Estadual (MPE) de Sergipe, promotor José Rony Silva Almeida, foi o mais votado entre os cinco candidatos que concorriam à vaga de procurador-geral do MP. Dr. Rony, que está há 22 anos no MPE, obteve 100 votos neste pleito. Junto com ele, outros dois promotores compõem a lista tríplice para escolha do governador do Estado, os promotores Manoel Cabral Machado e Eduardo D’Ávila, que receberam, respectivamente, 85 e 81 votos. Os três eleitos eram cotados na disputa como candidatos do círculo do procurador-geral, Orlando Rochadel, que foi o primeiro promotor a ser eleito para o cargo de procurador-geral. Na oposição, estavam os promotores Deijaniro Jonas, que somou 61 votos, e o Virgílio Vale Viana, que marcou 15. Votos brancos foram 87 e houve uma abstenção. Foram 143 votantes entre promotores e procuradores, marcando três escolhas cada. 

 

Em entrevista ao Portal Na Política e ao JC, o promotor Rony Almeida, ponderou que a votação refletiu o “reconhecimento” da classe quanto aos “méritos” da gestão que está terminando. “Pretendemos fazer com que o MP caminhe cada vez mais adiante, e avance em suas promotorias e comunidades, como sempre imaginamos, desde quando chegamos aqui ainda como estagiário...O relacionamento com outros órgãos de Poderes há de ser sempre harmonioso e com independência, mas sempre juntos pelo bem da sociedade. Os promotores já vêm cumprindo muito bem o seu papel, e cada procurador-geral coloca seu tijolinho na construção. Esperamos poder deixar nossa contribuição também”, completou o promotor Rony, afirmando que é possível a participação de todos os candidatos, eleitos ou não, na nova gestão MPE.

 

Por sua vez, o promotor Eduardo D’Ávila, o menos votado da lista tríplice, disse que a classe espera que o governador Jackson Barreto escolha o mais votado. “Como democrata que é, espero que o governador faça a escolha pelo mais votado que é aquele que a classe disse, efetivamente, que quer”. Dr D’Ávila admitiu ainda a parceria entre ele e os candidatos Rony e Machado para fazerem uma administração conjunta. “Fizemos um programa conjunto, e pretendemos fazer uma administração no MP em prol da atividade fim. O MP já está praticamente estruturado e agora queremos promover outras estruturas para os membros. O MP tem que ter uma continuidade evolutiva na sua administração, e Dr. Rochadel foi um exemplo que pretendemos continuar”, pontuou.

 

O promotor Deijaniro Jonas se reservou de falar com a imprensa.

 

Após a divulgação do resultado da eleição, o procurador-geral, Orlando Rochadel, em reunião com promotores, comentou sobre as especulações de que os membros da instituição estariam sendo tencionados pela administração. “Passamos por uma série de boatos, com especulações até de sofrermos um apitaço no momento da votação. Mas nada disso aconteceu, e a verdade veio à tona”, disse, completando: “espero que continuemos com um Ministério Público preocupado com as questões sociais, que cresce no aspecto de logística e pessoal, e se institucionalização. Então estou muito feliz, e acho importante dizer que todos os cinco candidatos concorreram em igualdade de condições e eu os parabenizo pelo espírito público e pelo trabalho como promotores exemplares”.

Ainda na tarde desta segunda-feira, os membros do MP entregaram a lista tríplice ao secretário da Casa Civil, Zezinho Sobral, representando o governador, que, segundo Rochadel, por impossibilidade de agenda não pôde recebê-los. De acordo com os tramites, o chefe do Executivo tem a partir da data do recebimento da lista 15 dias para nomear o novo procurador-geral do MPE.

 

Da redação NaPolítica.com