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Adriano Taxista: Clandestinos podem gerar desempregos no transporte
“Já pedi para aumentar a multa deles”, diz ele. E sobre eleições, opina: "Eduardo é uma novidade"
Adriano Taxista: Clandestinos podem gerar desempregos no transporte

Por Adriana Freitas

O vereador Adriano Taxista (PSDB) iniciou os trabalhos de 2014 sendo alvo de vários protestos por ser contrário ao uso de táxis clandestinos. Em entrevista ao Universo Político, Adriano Taxista reafirma sua defesa pelo aumento da multa para os táxis clandestinos e aponta a licitação como instrumento para resolver os problemas ligados ao transporte em Aracaju. Em relação às eleições de 2014, o vereador afirmou que o pré-candidato Eduardo Amorim seria o “novo”, além de destacar que é preciso “renovar” a cada quatro anos.

 

Como você avalia seu primeiro mandato e quais as expectativas para esse ano?

Temos muito para fazer este ano. Como fui eleito pela classe trabalhadora dos rodoviários e taxistas tenho denunciado a questão da jornada de trabalho dos rodoviários. Tem também a questão que tenho pedido, constantemente, para que a Prefeitura Municipal de Aracaju envie um projeto aumentando a multa dos táxis clandestinos.

 

Os táxis clandestinos estão realizando várias manifestações na CMA desde o início das atividades na CMA. Como o senhor avalia os atos, inclusive, contrários a sua atuação na CMA?

A justiça atua quando alguém atua de forma ilegal e você não pode por ser pai de família se sentir no direito de lesar o que é legal. Já fizeram várias manifestações e colocaram até um caixão dizendo que estavam me enterrando. Eles podem continuar fazendo manifestações. Tenho certeza que estou defendendo o certo. Já pedi para aumentar a multa deles, pois, caso deixe essa situação pode ocorrer até desemprego nas empresas de ônibus. As empresas podem reduzir a frota e deixar vários pais de família desempregados.

 

Quais projetos o senhor pretende apresentar em 2014?

Pretendo apresentar mais vez um projeto que foi vetado ano passado, que pretende regulamentar a idade do ônibus média para sete anos, pois não tem limite de idade. Já denunciei nessa casa ônibus com até 18 anos de uso. O projeto foi vetado, pois falei de transporte de modo geral e só temos autonomia em Aracaju, mas estou fazendo específico só do município. Também estou pedindo ao prefeito que nas reformas dos terminais se coloquem salas específicas de repouso para os cobradores e motoristas porque esses profissionais acabam dormindo dentro do ônibus e fazendo suas necessidades ao lado do ônibus e isso é constrangedor.

 

Em breve, a proposta para aumento da passagem chegará à CMA. O senhor voltará favorável ao aumento?

Acho que é preciso discutir. Como sou do sistema, os colegas vereadores não tem muito conhecimento. A frota renovou uma parte, mas a demanda da sociedade é bem maior e não resolveu o problema. Temos que fazer a licitação, e enquanto não acontecer o problema não será resolvido. Se o reajuste estivesse aqui hoje não votaria do jeito que está como não votei ano passado. Aracaju é a cidade do Nordeste que tem a passagem maior em quilômetros rodado porque aqui tudo é próximo. Já que esses empresários acham que o valor está defasado, então porque já não deixaram até hoje acontecer a licitação em Aracaju?

 

Em relação à administração do prefeito João Alves, o senhor acha que tem conseguido atender as necessidades da população?

Dr. João foi eleito para resolver os problemas do povo. Sabemos que ele pegou um Município com vários problemas e dívidas. Às vezes falta boa vontade do servidor em trabalhar porque está insatisfeito por vários motivos. É preciso dialogar com as classes para discutir o que está certo e errado para que possam prestar um serviço de qualidade ao povo.

 

Sobre o atual cenário político em Sergipe, como o senhor avalia a disputa talvez polarizada entre o governador Jackson Barreto (PMDB), o senador Eduardo Amorim (PSC), e com ainda a possível candidatura de João Alves?

Ainda é muito cedo para falar de política, pois todo mundo ainda está indeciso. João Alves ainda não sabe se será candidato. Eduardo Amorim acredito que é uma novidade, e precisamos renovar a cada quatro anos e o povo dará uma resposta no momento oportuno. Ele como senador tem desenvolvido um bom trabalho. Se ele foi deputado e teve uma boa votação depois é porque o povo aprovou, entendo que é preciso amadurecer e conversar. Isso é coisa de passagem e não podemos perpetuar no mandato.

 

E o senhor pensa em uma candidatura para deputado estadual este ano?

Não sei. Queria terminar e desenvolver o meu mandato. Esperava que o vereador pudesse fazer mais para o povo. Esperava que pudéssemos resolver algumas questões, mas não conseguimos. Primeiro para um projeto ser aprovado precisa ter o apoio da classe, o entendimento da bancada para convencer que é importante. Os colegas têm que ter humildade com todos e trabalhar com pensamento do que nos comprometemos durante campanha.

 

Da redação Universo Político.com