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SINDICALISMO -
Criminalização do movimento sindical preocupa deputada Ana Lúcia
"Não é impressão. É algo real. A criminalização dos movimentos sociais é um fato nacional", observa
Criminalização do movimento sindical preocupa deputada Ana Lúcia

Por Joedson Telles

 

Provocada pelo Universo Político.com sobre os constantes apelos, por parte dos governos, ao Poder Judiciário para impedir o direito de os trabalhadores reivindicarem seus pleitos através de greves, a deputada estadual Ana Lúcia Menezes (PT) explicou que, mais que uma mera impressão, nos últimos anos, ficou muito mais difícil para os movimentos sociais e sindicais colocarem em prática seus instrumentos de protestos - sobretudo a greve.

 

"Não é impressão. É algo real. E não só em Sergipe. A criminalização dos movimentos sociais é um fato nacional. Principalmente o movimento sindical. Todas as greves são consideradas ilegais. Estamos numa situação difícil em termos dos direitos dos servidores públicos e dos seus deveres também, Porque à medida em que não se possibilita condições de trabalho, o dever também está sendo ceceado", observa a deputada.

 

Ana salientou que na área de educação, por exemplo, a discussão já existe. Segundo ela, está em pauta avaliação de professor e aluno, mas é preciso ser discutido o sistema como um todo. "Na avaliação de desempenho, precisamos saber quais foram os instrumentos de trabalho que a rede pública, que o poder público, colocou nas mãos do professor. Qual a política de formação permanente do professor, para que ele tenha parâmetros de avaliação. Da forma que está, somente o professor e o aluno sendo avaliado, você, na verdade, está estigmatizando professores e alunos como incompetentes", avalia.

 

Segundo Ana Lúcia, a luta dos educadores é intensa também no tocante às melhores condições de trabalho. "Pela democratização do ensino, a partir de condições de trabalho, da autonomia do professor na sala de aula. E isso passa pelo acesso às tecnologias. O professor não pode ficar apenas com o livro didático e com o quadro de giz. Precisamos ter os nossos laboratórios de informática funcionando - como um instrumento de pesquisa e de comunicação à distância, para que os professores possam melhorar a qualidade da nossa educação", entende Ana.

 

Da redação Universo Político.com