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03/07/19 | 06:50h (BSB)

Sérgio Moro nega parcialidade e descumprimento da lei em atuação como juiz

Ministro prestou esclarecimentos

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, voltou a afirmar que não foi parcial nem infringiu nenhuma lei em sua atuação como juiz na primeira instância na Operação Lava Jato. Ele falou nesta terça-feira (2) por sete horas e meia em audiência conjunta de três comissões da Câmara dos Deputados: de Constituição e Justiça e de Cidadania; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Direitos Humanos e Minorias. Moro prestou esclarecimentos no Senado em 19 de junho.


Reunião sobre o material publicado pelo The Intercept Brasil. Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro
Moro: "Sempre agi com correção, com base na lei e na imparcialidade"

“Como juiz na Lava Jato sempre agi com correção, com base na lei, com base na imparcialidade, decidindo os pedidos apresentados, sem qualquer desvio. As minhas decisões já foram avaliadas nas instâncias superiores”, disse Moro. Segundo o ministro, a maioria (39%) de suas decisões foram mantidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) ou mesmo tornadas mais rígidas (25%).

Os deputados queriam esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol. Além de mensagens entre outros procuradores membros da força-tarefa.

Moro afirmou que não dirige nenhuma investigação da Polícia Federal sobre eventual ataque hacker aos celulares dele e de procuradores da Lava Jato e que apenas acompanha o caso como vítima. “Minha opinião é que alguém com muitos recursos está por trás das invasões. O que existe é uma tentativa criminosa de invalidar condenações e evitar novas investigações”, declarou.

Segundo o ministro, não é possível recordar-se das mensagens divulgadas porque ele deletou o aplicativo Telegram em 2017. “Não reconheço, mais uma vez, a autenticidade de um material que não tenho. O que se tem presente é que não tem nada ali de conteúdo ilícito [nas mensagens]”, disse Moro.

Parcialidade


O líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), porém, questionou se o ex-juiz manteve diálogos parecidos com a defesa e com a acusação nos processos que julgou. “O senhor falou que é trivial conversar com advogados e procuradores. Quero que o senhor cite cinco advogados com quem tenha conversado pelo Telegram. Quero que o senhor mostre um diálogo com o senhor Cristiano Zanin [advogado de Lula]”, declarou.

 

Moro respondeu que não manteve conversas com Cristiano Zanin por sua “atitude beligerante” nas audiências.

Segundo o deputado Rui Falcão (PT-SP), a fala sobre Zanin demonstra que a alegação do ministro sobre “memória fraca” não prevalece sempre. “Se isso não é prova de parcialidade, é um indício forte.”


Da Câmara

 



20-04-2024
 

 

 

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