O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu a retomada do diálogo para aprovação da reforma da Previdência. O ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se com Maia na residência oficial da Câmara nesta quinta-feira (28) para afinar o discurso em torno da aprovação da proposta (PEC 6/19). Maia confirmou a presença de Guedes na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na próxima quarta-feira (3).
“Tenho certeza de que a participação dele ajuda muito no convencimento dos parlamentares. A ida dele na quarta-feira vai ser muito importante para que ele possa mostrar os benefícios que uma reforma vai dar para a sociedade brasileira. Vamos colocar o trem nos trilhos”, disse o presidente.
Maia disse que o foco é a aprovação da reforma. Nos últimos dias, houve um desgaste na relação entre Executivo e Legislativo em razão de declarações polêmicas do presidente da Câmara e do presidente da República, Jair Bolsonaro, a respeito da articulação política do governo no Congresso. Segundo Maia, isso está superado.
“Não tem farpas. É hora de parar, não interessa quem começou ou errou. A Câmara trabalhou bem esta semana e, na próxima semana, a gente retorna com força o debate da Previdência”, afirmou.
Previdência
O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que tem recebido apoio tanto de Maia quanto de Bolsonaro para a aprovação da reforma. Segundo ele, é natural que haja alguns “ruídos” na comunicação, mas a partir de agora vai haver uma convergência na defesa do texto, porque todos estão empenhados em aprová-la. Guedes destacou que a nova previdência vai fazer o Brasil recuperar sua dinâmica de crescimento e combater desigualdades e privilégios.
“Estou confiante que os poderes independentes estão harmonicamente buscando o aperfeiçoamento institucional do Brasil”, disse o ministro.
Guedes informou ainda que o governo quer redesenhar o pacto federativo do País, descentralizando os recursos da União e repassando para estados e municípios. Ele citou como exemplo a repartição de 70% dos recursos do pre-sal que podem chegar a R$ 1 trilhão nos próximos 30 anos.
“Vamos inverter a distribuição de recursos no Brasil e o dinheiro não está onde o povo está. O recurso tem que ser: 70% do petróleo para estados e municípios. A União vai ficar com menos”, explicou.
Da Câmara
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