O consumidor se prepare: a partir de 1º de março, a conta de água estará mais cara para os sergipanos. A Deso anunciou nos últimos dias um reajuste de 5,89% no valor do fornecimento, o que causou preocupação ao deputado estadual Georgeo Passos, Rede.
O parlamentar usou o grande expediente da sessão plenária desta segunda-feira, 25, para tratar sobre o tema. Georgeo criticou o aumento e disse que o consumidor estará sendo penalizado pela falta de gestão da empresa responsável pelo fornecimento da água.
Em seu discurso, Georgeo notou que o reajuste de 5,89% está acima da inflação registrada nos últimos 12 meses. Como se não fosse suficiente, o deputado lembrou que o funcionalismo está sem reajuste há vários anos. “É um verdadeiro gol contra do Governo”, analisou.
“O trabalhador não teve esses 5,89%. Os servidores do executivo também não tiveram direito a esse aumento. Mas o contribuinte vai pagar mais caro por esse líquido. Até quando ele vai conseguir pagar essa conta?”, questionou.
Relatório
O reajuste foi aprovado pela Agrese – órgão responsável por regular as empresas públicas do Estado. E para embasar seus argumentos, Georgeo apresentou dados de um relatório formulado pela própria Agrese que apontam vários problemas na Deso.
“Infelizmente, a empresa não é eficiente em sua gestão e os números mostram isso. Por exemplo, quase 50% da água captada e tratada é perdida na hora da distribuição – isso entre outros problemas. Mas em vez da Deso se profissionalizar, prefere repassar a conta”, lamentou.
“Praticamente toda semana tem rompimento ou vazamento de adutoras. Outro problema é a gestão de recursos humanos. Dentro das despesas com pessoal, o pagamento de horas-extras chama a atenção, segundo a própria Agrese”, completou.
Georgeo lembrou que o serviço prestado pela Deso é motivo de críticas em várias cidades, inclusive sendo comum a falta de água em alguns lugares. “Mas a conta, todos nós sabemos, sempre chega. Com água ou sem água, se não quiser ter o serviço cortado, tem que se pagar a fatura”, ironizou.
Para o deputado, é necessário se profissionalizar para que a Deso melhore a sua gestão. Do contrário, o futuro para a fornecedora de água pode ser o da privatização. “Não podemos deixar que aconteça o que aconteceu com a Fafen”, defendeu.
“Sabemos que a Deso passa por um momento delicado. Mas queremos que a gestão melhore – que se profissionalize. Pois o que pode acontecer com o sucateamento é a privatização lá na frente e vimos isso acontecer com a Fafen. E ninguém quer isso”, finalizou Georgeo.
Da Ascom
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