Os recentes casos de pessoas que contraíram calazar em Sergipe tem chamado a atenção da vereadora Kitty Lima (Rede) que, preocupada com a disseminação de informações equivocadas quanto à transmissão da doença, fez um discurso esclarecedor no plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) a fim de desmistificar a cultura popular que atribui aos cães a culpa pela proliferação desse mal.
A parlamentar se mostrou bastante preocupada com a forma como o assunto está sendo exposto nas mídias, colocando o animal como culpado pela proliferação do calazar e, consequentemente, pelas mortes de quem contraiu a doença.
"Eu preciso esclarecer à população que o animal é tão vítima quanto nós humanos e que na verdade quem transmite essa doença é o mosquito Palha, que cresce em número devido à falta de saneamento básico, limpeza urbana e de políticas públicas que envolvam também a castração e controle populacional de animais. Todas essas situações contribuem para que o mosquito ache o ambiente propício para se reproduzir, e quem paga a conta por todos esses problemas que o Poder Público dá as costas são os cães que acabam sendo alvo da população que acredita que eles são os culpados pelo surgimento da doença", pontuou Kitty.
O calazar é a forma mais grave da leishmaniose visceral, transmitida tanto aos humanos, quanto aos cães pelo parasita através da picada do mosquito fêmea contaminado. Ao contrário do que muitos acreditam, essa doença não é originária dos cães, que na verdade, são tão vítimas quanto os seres humanos.
"Eu conheço diversos casos de pessoas que contraíram a doença que sequer possuem animal dentro de casa, reforçando o fato de que o cão não é o culpado pelo surgimento dessa doença. O que leva ao aumento do índices de ocorrências do calazar é o ambiente favorável à sua proliferação, por isso não adianta punir o animal. Em Alagoas, por exemplo, querem exterminar cerca de 10 mil cães devido aos casos confirmados de calazar por lá. Isso é um crime e não resolve o problema da zoonoses, só demonstra o total desconhecimento de uma prefeitura e de um governo que acha que é promovendo a matança desses animais que o problema será resolvido. Não vai", afirmou a vereadora.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o extermínio de animais não é considerada uma estratégia eficaz para frear a proliferação da leishmaniose e do calazar.
"Ações drásticas como essa já foram tomadas no passado e não apresentaram resultados positivos. Os índices de casos de leishmaniose não baixaram por um motivo óbvio, o mosquito é o responsável por espalhar a zoonoses, não o animal", esclareceu Kitty.
Da Ascom
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