A defensora pública e vereadora, Emília Corrêa (Patriota), voltou a criticar a forma de assédio moral velado de alguns membros da Casa de Legislativa e garante que nenhuma violência de gênero ficará sem resposta.

Segundo a parlamentar, seus posicionamentos firmes e altivez na voz têm provocado furor em alguns vereadores. Mas lembra que essa postura sempre será pelo povo de Aracaju.

“A minha fala na semana do Internacional da Mulher vai para os homens da Casa. A mulher quando parte para o enfrentamento, na base do discurso enfático, é chamada de nervosa, desqualificada e destemperada. Isso é puro machismo. Meu discurso é o da coerência, doa em quem doer", pontuou.

De acordo Emília, toda a indignação vem da revolta pelo tratamento ofertado ao povo de Aracaju. Ela garante que não mudará a postura e muito menos irá compactuar com mentiras.

“Quando fico indignada e levanto um pouco o tom de voz, logo apontam como comportamento nervoso. Na verdade, nome disso é assédio moral. As mulheres que atuam nessa frente são extremamente radicais e não há erro em defender aquilo que acredito. O problema é que alguns homens pensam ser donos da mulher, numa postura castradora. É esse tipo de atitude que precisa ser combatida”, destacou.

E por fim, lembrou que os homens ficam no discurso bonito da valorização e empoderamento da feminino, quando, efetivamente, não admitem espaço para discordâncias e debates.

“A semana do dia Internacional da Mulher é um marco de resistência e democracia. É também momento de mobilização, de levantar a voz para chamar a atenção para o assédio, a violência, ocupação de espaços e políticas públicas voltadas para as mulheres. Jamais me calarei para os desmandos e retrocessos, jamais deixarei de falar de Deus e ser a voz do povo de Aracaju”, enfatizou.

Da Ascom/EC