Não é difícil encontrar nas feiras livres de Aracaju carne, seja ela bovina, suína, caprina, ovinos e até peixes, exposta em bancas sem refrigeração, em temperatura ambiente, que favorece a proliferação de bactérias, e sem nenhum tipo de higiene. Uma cena muito comum vista nas feiras é o dono da banca passar o troco com a mesma mão que trata o alimento. Sem fiscalização, a comercialização deste produto, com todas as irregularidades, ocorre livremente e os riscos para a saúde humana ficam cada vez mais evidentes.
O perigo, no entanto, começa antes mesmo da carne chegar nas feiras livres. No abate clandestino, feito no interior do Estado, de onde vem toda a carne consumida na capital, o manuseio do produto é feito em local impróprio, sem estrutura adequada e sem higiene. Os animais são sacrificados no mato. Os riscos de contaminação ambiental, propagação de vetores transmissores de doenças e prejuízo à saúde da população, estão escancarados.
De acordo com a veterinária Juliana Teixeira Mota, quando não são respeitadas as regras de higiene, os alimentos podem servir de abrigo para micro-organismos perigosos para a saúde. “Um dos problemas mais comuns é a toxinfecção alimentar, que é a infeção adquirida pelo consumo de alimentos contaminados por bactérias ou suas toxinas. Outro risco dos alimentos em más condições é a Teníase, doença causada por parasitas, geralmente transmitida pelo consumo de carne contaminada com cisticercos, que são as larvas do verme”, disse.
A veterinária lembra que nos abatedouros legalizados a inspeção evita que animais doentes, com tuberculose ou brucelose, por exemplo, sejam abatidos e levados para a comercialização. “No frigorífico existe uma equipe de auxiliares de inspeção nos quais são treinados e monitorados constantemente pelos fiscais da Emdagro. A inspeção é realizada em toda carcaça e vísceras. Ao detectar qualquer anormalidade, o órgão do animal é descartado imediatamente sob a supervisão e autorização do fiscal”, comentou.
Como saber se a carne é inspecionada
Juliana Mota orienta que o consumidor deve ficar atento para alguns detalhes que diferenciam uma carne inspecionada para uma carne oriunda do abate clandestino. “No varejo, é possível observar, através dos cortes, embalagens e rotulagens, no qual deve conter todas as informações necessárias do estabelecimento de origem do produto, como a logomarca do serviço de inspeção, que contém um número de registro frente ao órgão fiscalizador, a data do processamento, data de validade, temperatura de conservação”.
Quando se trata de grandes peças, é possível observar os carimbos de inspeção de cor azul/roxa, de tinta atóxica (base violeta) contendo o número identificando o estabelecimento produtor. “Em situações em que os produtos estejam em cortes, mas sem identificação, o consumidor deve exigir nota fiscal de compra ao estabelecimento varejista, podendo constatar se aquele produto vem de estabelecimento registrado ou não”, comentou.
Da Ascom
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