Orsse apresenta concerto “O Barroco é Pop”

A Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) lança, nesta sexta-feira, 08, às 20h30, no Teatro Tobias Barreto, a Série Cajueiros de concertos com o espetáculo “O Barroco é Pop”. Composta pela apresentação de grandes obras do repertório clássico, a Série tem como objetivo consolidar ainda mais a orquestra junto ao público sergipano. A concepção do concerto e a direção artística da Orsse é de Guilherme Mannis. Os ingressos, a preços populares, já estão disponíveis para venda nas bilheterias do Teatro.

O repertório conta com Arvo Pärt (1935), Antonio Vivaldi (1685-1741), Edson Zampronha (1963) e Ottorino Respighi (1879-1936). A intenção é mostrar que o barroco já foi pop em seu contexto. “Os muitos concertos do veneziano Vivaldi, por exemplo, foram conhecidos não apenas na importante cidade em que foram concebidos, mas sim por toda a Europa, sendo inclusive fonte de inspiração para outro grande compositor do período, o alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750). Além disso, a nossa contemporaneidade se apropriou de inúmeros temas barrocos para ilustrar as mais variadas manifestações artísticas, tais como filmes, novelas, seriados, publicidade, etc.”, explica o maestro.

Para a apresentação foram escolhidas também duas obras de compositores recentes. Do estoniano Arvo Pärt (1935) será apresentado o “Cantus in memoriam Benjamin Britten”, uma visão moderna e transformada de canto gregoriano em memória daquele que foi um dos maiores compositores ingleses da história (Britten). Já o “Inverno”, do compositor brasileiro radicado na Espanha, Edson Zampronha, é uma leitura contemporânea de uma das estações, de forma análoga àquela concebida por Vivaldi em suas “Quatro Estações”, série de concertos para violino, orquestra de cordas e cravo.

Completam o programa as “Antigas Danças e Árias”, do compositor italiano Ottorino Respighi (1879-1936). Diferentemente de vanguardistas europeus e cioso da enorme tradição da música italiana, Respighi foi buscar em compositores do início do barroco uma grande inspiração para a recriação contemporânea de muitas destas obras. Tal qual andar na Itália por afrescos e esculturas antigas, esta obra entrega-nos uma imagem sonora de tais aventuras, repleta da mágica artística que só aquele país nos pode oferecer.

Tanto a regência, quanto o toque do cravo, estará a cargo do maestro Guilherme Mannis. Reger a partir deste instrumento é algo que o maestro, também pianista e cravista, tem feito já há algum tempo em Sergipe, estendendo o repertório da orquestra até a música antiga e tentando trazer às interpretações alguns conceitos de execução de época. Segundo o maestro: “A partir dos nossos instrumentos modernos, tentamos reviver conceitos de interpretação específicos do barroco, tais como a limitação do uso do vibrato, a construção de expressão a partir de poucas indicações da partitura, o maestro como executante da performance, entre outros. Os nossos concertos de repertório barroco têm sido um sucesso e sempre são momentos especiais. ”

FICHA TÉCNICA

Orquestra Sinfônica de Sergipe

Série Cajueiros I – Teatro Tobias Barreto

08 de abril de 2015, sexta-feira, 20h30

GUILHERME MANNIS, regente e cravo

Arvo PÄRT (1935)
Cantus in memoriam Benjamin Britten

Antonio VIVALDI (1685-1741)

Concerto para cordas RV 146, em sol maior

I. Allegro

II. Andante e sempre piano [Vivace]

III. Presto

Edson ZAMPRONHA (1963)