Na Política

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03/09/13 | 23:14h (BSB)

“A população, hoje, não daria a dianteira nas pesquisas para Jackson Barreto”

Sukita: população exige posicionamento do grupo, mas “não abriu mão da gente. A eleição está aberta”

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Sukita: alerta aos aliados

Por Joedson Telles

 

Aliado do governador Marcelo Déda (PT) e do seu vice, Jackson Barreto, o ex-prefeito de Capela, Manoel Messias dos Santos, o Sukita, acredita que o atual momento do Governo do Estado exige de todos os aliados a maturidade de não ficar procurado erros para apontar os culpados, mas vestir mais a camisa do projeto. Sukita acredita que a confusão só favorece a oposição, e pode atrapalhar os projetos eleitorais de 2014. “A população, hoje, não daria uma dianteira nas pesquisas para o nosso pré-candidato Jackson Barreto. A sociedade está exigindo posicionamento de todos no nosso agrupamento. Se posicionar como empregados do povo. Porém, não abriu mão da gente. A eleição está aberta. Nossas estrutura é infinitamente mais robusta, mais querida, tem serviços infinitamente maiores, o carinho e o respeito da sociedade. Temos que puxar a responsabilidade que cada um que nós temos para com a sociedade”, disse.  A entrevista:

 

Qual a posição que deve ter, hoje, uma aliado do governo?

Meu perfil e minha linha de raciocínio político é no tocante às realizações. Eu acho que a sociedade cobra muito duro do político, até porque a história do que “eu acho”, do “talvez”, não resolve mais o problema da sociedade. Eu me comporto sempre com o posicionamento da realização, com os serviços públicos, se estão e como estão funcionando, se podem funcionar melhor, e nesse momento, há pouco mais de um ano da eleição, se faz necessário todos os aliados, todas as pessoas que fazem parte do agrupamento liderado pelo governador Marcelo Déda, fazerem como fazemos em determinados momentos: cada um puxar sua responsabilidade, saber da sua importância. Tem que acabar com esse negócio de procurar culpado porque cada um sabe o que fazer.

 

O senhor enxerga crise ou é mera especulação?

Eu não vejo crise. O que eu vejo é o calor de um ano pré-eleitoral, vivendo um momento natural que cabe essa situação, principalmente para quem está na oposição. É um momento que tem que jogar o jogo da política, tentando dispersar o nosso agrupamento e, muitas vezes, tentando confundir um ao outro. A confusão só favorece a oposição.

 

As declarações do vereador Robson Viana, sobre Jackson não ter acesso aos números do Governo do Estado, contribuíram para esclarecer essa situação a qual o senhor se referiu?

Eu acho que nesse tocante o que se faz necessário é o próprio secretário da Fazenda (o então secretário Oliveira Júnior) e os demais secretários que compõem o bloco e serviram ao governador Marcelo Déda precisam ter mais carinho e jeito com o governador e exercício, Jackson Barreto. O que está acontecendo hoje é desnecessário. Não constrói ficar procurando culpados se somos o governo. Quem é governo não pode se dar ao luxo de “achar” as coisas.

 

O governo precisa “ter a cara” de Jackson ou pode permanecer com “a cara de Déda”? Até que ponto isso pode atrapalhar o projeto de Jackson para 2014?

O governo tem que ter a cara de todos nós, principalmente do povo sergipano. Naturalmente essa questão de o governo “ter a cara” de “A” ou “B” faz o jogo da intriga e da separação.  A cara de um governo tem que ser a cara do povo cada dia mais satisfeito. Essa luta tem que ser travada nesse sentido. Quando nós que fazemos o governos estivermos unidos para fazer esse resultado, aí sai.

 

Mas na política uma candidatura se constrói. Há como construir uma candidatura para governador estando à frente do governo, mas não podendo contemplar aliados?

Governar é acima de tudo é servir, se unir, se adaptar. E nesse momento, eu acho que a questão maior é manter a base oxigenando-a. Nesse tocante, você tem razão. Seja Déda ou Jackson ou os dois: é preciso enxergar porque já estamos no sétimo ano de governo. Então, é natural que a fadiga de material exista em alguns setores. Cabe ao administrador enxergar quais as peças que precisam de reparo ou até mesmo reposição, porque o  serviço não pode parar. O povo é cada vez mais  exigente, e tem razão. As respostas não podem ser de acordo com relógio de quem ocupa os espaços, mas, sim, de acordo com as necessidades de quem procura.

 

É praxe na política um candidato, sobretudo majoritário, procurar apoio de prefeitos. Mas é possível obter esse apoio com um governo tendo “a cara do povo”,  mas não satisfazendo interesse destes  prefeitos? Recentemente, por exemplo, Jackson nomeou Roberto Bispo, irmão do ex-prefeito de Itabaiana, Luciano Bispo, mas foi constrangido com uma twittada histórica do governador Marcelo Déda...

Eu penso que as atitudes de Jackson e Déda estão corretas. Mas deveria haver uma conversa antes de externá-las publicamente. As formas de contemplações políticas sempre existiram e têm que existir, sim, porque a máquina administrativa é construída para isso. Tem que ser oxigenada com quem queira e tenha boa vontade com o governo. No caso do ex-prefeito Luciano Bispo, que é uma grande liderança do nosso estado, merece, sim, todo respeito carinho e atenção. Aconteceram alguns equívocos, mas nada que a boa política não passe uma borracha.

 

Então, como pré-candidato, Jackson Barreto precisa, de fato, buscar essas forças políticas para chegar forte à eleição?

Eu acho que o governador, seja Déda ou Jackson, tem que fazer o que sempre fizeram como ninguém: juntar, harmonizar. Tem que continuar fazendo isso, e, principalmente, revisando, porque nada adianta ter alguma situação merecendo reparo, não reparar e ainda trazer mais carga para colocar em cima. A questão de oxigenação do agrupamento é necessária e tem que ser permanente, porém as pessoas  precisam ser acolhidas naturalmente. Minha mãe sempre disse que saúde, filho e voto, quanto mais, melhor. Portanto, o governador em exercício está correto, quando faz um esforço para  trazer as pessoas e contemplá-las, principalmente as que ele tem carinho e zelo. Não dá só para juntar. A Bíblia já diz: orai e vigiai. Na administração pública não pode só orar, te que cobrar resultados, porque são dos resultados que sai a satisfação popular, e sem a satisfação popular não tem para que existir, Devemos focar na satisfação. Eu quando fui prefeito (de Capela) me preocupava com essa situação, e governei sete anos com 95% da aprovação popular. Precisamos dar mais segurança a população que estamos servindo. Hoje, o que nos preocupa em primeira hora é essa insegurança que as pessoas estão enxergando (no governo) e transmitindo para nós. Está faltando a gente dar segurança ao povo, dar foco, mostrar que o sonho não acabou, que o compromisso é o mesmo. Quando dermos as mãos e passarmos isso à sociedade, vamos estar com o nosso dever de casa feito, com a sociedade confiante e equilibrada. Daí, então, poderemos sentar para discutir o panorama nacional.

 

Essa segurança à qual o senhor se refere estaria relacionada a essa indefinição dentro do governo?

A insegurança é natural do momento. Nós estamos em um ano pré-eleitoral e as especulações surgem de todos os lados, naturalmente, principalmente, vindo da base da oposição. O que precisamos entender é que a insegurança é uma espécie de liquidificador que estão tentando construir dentro do nosso agrupamento. Quando num agrupamento, ao invés de os seus membros procurar servir mais a sociedade, estão gastando a energia para se atacar, significa que alguém está construindo um liquidificador com nosso agrupamento. Precisamos ter muito juízo porque o nosso inimigo é outro. Quem não sabe quem é o nosso inimigo, hoje, na disputa pelo governo?  Tem gente dentro do grupo que perdeu esse foco, mas eu acredito que tenha sido pela magia, pela engenharia da própria oposição. Quando você tem um adversário que é muito forte e não consegue trazê-lo para perto, você arruma um jeito de criar uma confusão dentro da casa dele para que ele perca o equilíbrio. Não tem jeito de uma confusão interna não gerar  prejuízo, e gerar a sobra. O adversário pega a sobra. Às vezes um cidadão faz parte do seu agrupamento e está contemplado. Aí chega a oposição e diz que a contemplação é verdadeira, mas não é do tamanho que ele merece. Daqui a pouco você está achando que o sol não é amarelo e o mundo não e redondo e começa a criar uma insatisfação generalizada dentro de você. Começa a atentar dentro do seu próprio agrupamento porque, infelizmente, a manipulação é permanente no tocante oposição para a situação.

 

O senhor diria que este comportamento é típico da maioria ou da minoria dentro do grupo?

Entendo que são setores. Nada que não possa ser corrigido, desde que seja chamado a atenção nessa situação, e dê o tratamento de forma adequada. Às vezes, o cara está acordado ao nosso olhar, mas no fundo está com o foco desviado. Precisamos ter muito cuidado com isso. Eu tinha 92% de aprovação e não consegui fazer minha sucessora porque, faltando um ano e pouco para a eleição, as pessoas diziam para mim que estava tudo bem, mas eu sabia que faltava foco. Gostava de mim, me ajudava, mas politicamente não era mais a mesma coisa. Eu não tive coragem de ter tomado decisões antipáticas na época com aliados, mesmo porque eu acreditava que na conversa e na hora do “vamos ver” todo mundo acordaria. No dia da eleição, eu estava convencendo aliado que se ele não acordasse poderíamos perder a eleição e perdemos. Não existe ir para uma guerra sem conhecer o adversário e sem ter o amor, a dedicação e a boa vontade da sua tropa.

 

Isso se restringe aos secretários do Governo do Estado e outros auxiliares ou perpassa aos prefeitos e à bancada do governo na Assembleia?

A carapuça deve caber em quem se enxergar diante das minhas declarações. O que se precisa olhar friamente é que todo mundo precisa acender uma luz amarela. Quem tem que fazer a pergunta somos nós que somos da base aliada.Vestir a camisa e abraçar a causa.

 

Então, o senhor enxerga que secretários, deputados e prefeitos podem vestir essa carapuça?

Claro. Mas estou alertando. Às vezes o cidadão diz que é aliado, mas não sabe se quer continuar no governo, participando da condução do destino do Estado?  Às vezes o cara tem outro ponto de vista. Esse é um ponto de vista que cada um de nós que somos da base aliada temos que fazer uma alto-reflexão. Isso não tem governador que faça, até porque o que estou falando aqui dificilmente um pré-candidato faria. Quem tem que fazer sou eu ou qualquer outro aliado que tenha a condição de perceber essa situação. Tem que chamar o aliado para voltar a viver essa realidade. Somos governo e governo não tem que estar vacilando. Quem é governo só tem que ter duas respostas: faço ou não faço, está pronto ou não, porque se ficar na situação que se encontra só favorece a oposição. Hoje, a oposição só joga nos nossos erros. Um agrupamento como o nosso para perder uma eleição só se errar muito, porque o nosso governo tem obras no estado de A a Z. em todos os municípios do estado. Nosso governo não faz vergonha para nenhum cidadão defendê-lo. Temos discurso e razão. A razão está do nosso lado. Está faltando a famosa frase “querer é puder”. Nosso agrupamento querer para continuar construindo a história. Outra questão é dificuldade natural que a sociedade brasileira passa hoje. Levando isso em consideração tem que sobreviver mostrando os nossos avanços, jogando com os nossos números, porque o que não falta hoje é jogo de números contrários que a oposição joga todo dia na rua. Eu me emociono quando vejo como nós pegamos o governo e o quanto organizamos. Está faltando isso ou aquilo, mas na faltou muito mais.

 

Este comportamento de certos aliados que o senhor foca pode ser explicado também pelo assédio da oposição à base aliada do governo. E neste caso, haveria gente encantada com os números das pesquisas, favorecendo a oposição?

Hoje, a disputa pelo governo de Sergipe está aberta. Quando o cara está sentado na cadeira do governo se apresentam para ele duas filas: uma do cidadão que faz parte do governo, mas demonstra insatisfação e quer aumento. A outra é a fila do cidadão que quer ser contemplado. Então é natural que o momento que estamos vivendo seja incerto para quem está de fora, mas se olhar de forma profunda para o governo está normal. Basta chegar na fila dos contemplados e mostrar que só temos “x” e precisamos trabalhar e dar respostas às pessoas. Para o cidadão que precisa de uma contemplação pessoal ou para seu município, chegamos até aqui e resolvemos todos esses problemas, temos o compromisso de resolver o seu, mas precisamos  continuar para que a possibilidade chegue porque a lealdade nunca faltou. Por outro lado, a população, hoje, não daria uma dianteira nas pesquisas para o nosso pré-candidato Jackson Barreto. Primeiro que a sociedade está exigindo posicionamento de todos no nosso agrupamento. Se posicionar como empregados do povo. Porém, não abriu mão da gente. A eleição está aberta, porém a nossa estrutura é infinitamente mais robusta, mais querida, tem serviços infinitamente maiores, o carinho e o respeito da sociedade. Temos que puxar a responsabilidade que cada um que nós temos para com a sociedade. Não existe líder que junte todo mundo sozinho, se não houver os porquês, e eu estou colocando meu ponto de vista, e faço política de forma simples e objetiva. Em minhas campanhas faço de forma acalorada, quando estou no governo é de forma apaixonada. Eu procuro enxergar, planejar as minhas ações de forma técnica. Não dá para pregar caça às bruxas, salve-se quem puder. Não tem que procurar culpados porque é muito fácil. Muitas coisas deram errado e continuam erradas, mas se sair procurando culpados vão achar muitos. Tem que organizar o barco e continuar remando muito forte. O aliado tem que cobrar duro. Nada de faca em pescoço do governador, porque governar já é difícil. Ninguém pode colocar a sua necessidade, o seu ponto de vista maior que o da sociedade. Um grande governo não é o que resolve o seu problema, mas o que resolve o problema da sociedade. O governo pode não ser bom para você, mas quando é bom para o seu estado o benefício chega a você automaticamente, mesmo que de forma indireta, e esse é o governo a ser protegido e ajudado.

 

Da redação Universo Político.com



25-04-2024
 

 

 

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