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26/03/13 | 07:49h (BSB)

“Nosso candidato será quem estiver conosco, e este é Jackson Barreto”

Rogério Carvalho: a vaga de vice dependerá da conjuntura. O PT apresentará Déda ao Senado

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Defendendo também a FHS: criamos um modelo contrário às privatizações

Por Raissa Cruz

 

O presidente estadual do PT e deputado federal Rogério Carvalho disse nesta entrevista ao Universo que já está definido pelo PT o apoio a candidatura de Jackson Barreto (PMDB) ao governo em 2014. O petista diz que seu partido tem "legado inegável", mas em Sergipe só buscará a vaga ao Senado. Rogério evita falar sobre aliança com o prefeito João Alves (DEM) nas próximas eleições, desvia comentários sobre a possível candidatura do senador Valadares (PSB) ao governo, mas quando questionado sobre a situação crítica da saúde com a Fundação Hospitalar de Saúde não poupa defesas. “Quem privatizou no passado, hoje faz oposição ferrenha contra a estadualização e a recuperação do patrimônio público pelo Estado, contra a FHS”, rebateu. Confira:

 

Para o senhor, o PT deve manter o fortalecimento conquistado no Estado e na Presidência, e por isso deve apresentar aqui e nacionalmente candidatura própria em 2014?

O PT governa o Brasil com a presidente Dilma e ela goza de uma aprovação de 85% dos brasileiros então é natural que ela seja a candidata à reeleição. Então ela deve ser a nossa candidata e conta com o apoio de vários partidos que estão nessa empreitada de sucesso junto com o partido dos trabalhadores. Já em Sergipe nós temos uma situação inversa, já temos o governador com uma definição prévia para ser candidato a senador e Jackson Barreto será o candidato a governador do Estado. Então será nosso candidato será aquele que estiver conosco no governo do Estado e este é o vice-governador Jackson Barreto. Nosso legado é inegável. Nós implantamos o modo petista de governar, junto com os outros partidos, e demos uma contribuição extraordinária que se torna impossível regredir.

 

Como o PT está avaliando a possibilidade de encarar uma candidatura própria do senador Valadares ao governo, ainda mais diante das chances do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) romper nacionalmente para disputar a Presidência da República?

Essa é uma discussão bastante interna do PSB e não devemos opinar, eles sim, que devem avaliar e decidir. Ainda é cedo para avaliarmos isso. Eduardo Campos ainda não se lançou oficialmente e tem o direito de fazer isso, mesmo sendo um grande aliado.

 

Mesmo com JB na majoritária, o PT buscará apresentar seu vice? O nome de Rogério Carvalho está à disposição?

O PT apresentará a vaga para o Senado com Marcelo Déda. Ainda não conversamos a respeito de vice e isso dependerá da conjuntura. Meu projeto é a reeleição para a câmara federal.

 

Assim como é visualizado por outros petistas, a possibilidade de o bloco de Déda fazer aliança com João Alves também não é descartada pelo deputado Rogério Carvalho?

Nós não estamos conversando sobre isso.

 

O PT deverá passar por uma nova disputa interna para a presidência estadual. O deputado deseja dar continuidade nessa liderança?

Se assim a militância entender, estarei à disposição do partido como sempre estive.

 

Como o senhor tem avaliado o processo de votação do Proinveste, agora com o governador Marcelo Déda e a oposição dialogando com frequência?

O governador vem lutando com toda sua energia para aprovar o Proinveste e sempre esteve nessa disposição de diálogo. Mas a oposição em determinado momento se fechou para o diálogo sobre o projeto, mas no momento em que ela se colocou aberta ao diálogo, o diálogo aconteceu, e a contemplação dos interesses políticos das diversas forças de todos os Municípios de Sergipe foram atendidos.

 

O que o deputado tem feito para contribuir com os Municípios através de emendas e medidas que revertam a situação da queda do Fundo de Participação?

Primeiro, eu sou autor do projeto de lei que propõe a renegociação das dívidas previdenciárias dos Municípios brasileiros, e em função dessa autoria participei do texto da medida provisória para renegociação dessas dívidas. Isso significou uma redução do gasto dos municípios com pagamento do INSS e um aumento da receita, melhorando o caixa das prefeituras. Em relação Às emendas, eu consegui recursos como todos os deputados, mas outras medidas foram relevantes como o repasse de recurso do Ministério da Saúde, só ai nós conseguimos por mês em torno de 6 milhões de repasses a mais, para custear os hospitais de Propriá, Lagarto e Estância , e ainda participei das negociações para obter recursos para financiar os hospitais de Socorro, Itabaiana e Glória. Com isso vamos agregar ao Estado de Sergipe, quando se consolidarem as negociações, eternamente, em torno de 180 milhões de reais ao ano, o que é mais do que um mandato de deputado ao longo de um ano.

 

FHS: arrependimento?

O serviço da Fundação Hospitalar de Saúde prossegue em situação questionada pelo Ministério Público, que move repentinas ações cobrando uma assistência devida à população. O senhor tem algum arrependimento de ter implantado a FHS em Sergipe?

Tem que haver um debate mais profundo sobre a questão do financiamento da saúde no Brasil. Eu fui indicado pelo PT para ser relator da Comissão Especial do Financiamento da Saúde que é um problema do Brasil inteiro. Então aqui em Sergipe o debate da oposição foca em torno das fundações que se apresenta contra a ideia de privatização. Então quem privatizou no passado, hoje faz oposição ferrenha contra a estadualização e a recuperação do patrimônio público pelo Estado, contra a FHS. Nós criamos um modelo que é contrário às privatizações. Criamos um modelo público de gestão dos hospitais à crise do financiamento. São coisas distintas. A questão da prestação de serviços tem haver com mais recursos ou menos recursos. Se tivermos menos recursos, menos serviços serão prestados, se tivermos mais recursos, mais serviços serão prestados e menos tensão social teremos nessa área. A questão então é o financiamento dos recursos, que eu espero contribuir muito nas discussões como relator da comissão.

 

O senhor sempre disse que o investimento na saúde deveria ser maior, o que falta ao Governo Federal para que isso seja feito?

Falta um entendimento política sobre o funcionamento do modelo de organização do Sistema Único de Saúde, que é um debate que ainda engatinha. Falta um entendimento da sociedade sobre a importância da saúde, porque a saúde pública como um direito ainda é combatida por vários setores. Eu acredito que agora em 2013/ 2014 com a Comissão do SUS nós vamos conseguir que mostrar caminhos, a exemplo dos royalties do petróleo, dos 10% do PIB para educação, vamos encontrar uma saída, para diminuir o sofrimento da saúde inclusive das fundações em Sergipe.

 

Como foram as reuniões importantes, em três ministérios, que o senhor participou?

Fui um dos 14 Parlamentares do Nordeste que participou de reunião com os ministros: de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Nós pedimos uma verdadeira força tarefa contra a seca e com a facilitação do acesso a água através da perfuração de poços artesianos, carros-pipa ou adutoras. Também pedimos a melhora da logística do milho usado para alimentação de animais e redução da burocracia para que as ações cheguem mais rápido a ponta. Sugerimos ainda, a criação de coordenações estaduais para monitorar o andamento das ações e a renegociação de dívidas ou até mesmo o perdão total dos seus débitos.

 

Da redação Universo Político.com



28-03-2024
 

 

 

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