Na Política

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20/01/13 | 18:44h (BSB)

"Projetos que estão no interesse dos aracajuanos estaremos iguais", diz João

Prefeito defende diálogo sobre Proinveste. E fala ainda em veto ao PD e reajuste da tarifa de ônibus

Por Raissa Cruz

 

Em entrevista coletiva durante o Pré-Caju 2013, o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM) falou desde a disposição da presidente Dilma em contribuir com seus projetos para Aracaju, a possibilidade de conceder o reajuste da tarifa de ônibus. “O meu coração diz que eu não devo fazer, mas vamos pela razão”, disse ele. João comentou ainda sobre o Proinveste, as dívidas deixadas pela gestão anterior e seu relacionamento com os Amorim. Confira:

 

Depois do encontro com a presidente Dilma Rousseff na presença do governador Marcelo deda, qual a possibilidade de apoio do governo federal para as obras que a prefeitura deseja realizar?

Ela me surpreendeu ao dizer que vai dar uma força muito grande aos Municípios, independente de bandeira partidária. Eu fiquei com muita fé com essa mensagem. Eu entendo que fui eleito para ser prefeito de todos os aracajuanos. Aqueles que votaram em mim e os que não. Então essa coisa de briga política por causa de partido deve ser agora esquecida e vamos retomar a luta partidária daqui a dois anos. Eu já fui governador e Marcelo Deda prefeito e nós mantínhamos um entendimento muito bom. Ele frequentava o palácio, eu o visitava na prefeitura, nem eu passei para o PT e nem ele para o PFL. Agora, ele é governador e eu sou prefeito e vamos estar da mesma forma.

 

Da mesma maneira, o governador pode contar com seu apoio para conseguir a aprovação do Proinveste?

Eu quero deixar bem claro o que eu já falei: jamais um sergipano me verá lutando contra qualquer projeto, venha de onde vier, que seja a favor de Sergipe. Mas acho que a crítica sempre se faz com a conversa. Não precisa apoiar o projeto como está formatado. Cabe alterações também. Os vereadores no dia de minha posse se uniram todos para apoiar o prefeito, inclusive os do PT, e passaram uma mensagem para Aracaju. Significa que eles passaram a mensagem de união num momento de crise para poder agitar o Município. Eles deram uma lição bonita. Os projetos que estão no interesse dos aracajuanos estaremos iguais. Eu vejo assim. Eu sempre aprendi que política se faz com diálogo. Esse é meu pensamento. Não significa que não venhamos fazer críticas. Isso é natural. Mas aqui estou falando em nome de minha posição de prefeito de Aracaju e minha forma de fazer política.

 

Obras - Segundo o governador Marcelo Déda, as parcerias só serão firmadas com os governos federal e estadual caso a prefeitura de Aracaju esteja com os projetos prontos. O senhor já dispõe desses projetos?

Nós temos objetivos mas eles só serão alcançados com a pré-condição que eu tenho que é amor pelo trabalho. Mas não basta amor, precisa de trabalho. Não vamos buscar soluções com piscar de olhos. Vamos trabalhar. Com um ótimo trabalho venceremos. Nós aracajuanos vivemos desde a constituinte com insegurança muito grande porque estamos com risco de perder uma área que corresponde a mais de 40% do território aracajuano: a área de expansão, do Santa Maria. Essa semana que eu e a presidente da assembleia fomos levar à presidente do TRE a aprovação do plebiscito pela assembleia. Evidentemente que isso não funciona de uma hora para outra. Em menos de um mês as obras da praia da 13 de julho já foram autorizadas de maneira emergencial. Contatamos os melhores engenheiros do Brasil, que constataram aquilo que o MP confirmou, que passando ali os trios elétricos com os sons que transmitem ondas correríamos o risco de uma tragédia. A obra vai ser feita e nós vamos construir uma área de lazer ali.

 

Os prazos para realização de seus projetos estão acuados diante das dívidas deixadas pela ultima gestão? Como andam essa questão junto ao ex-prefeito?

Veja, uma obra dessas na 13 de Julho, por exemplo, a gente tem que fazer porque é emergencial. Há dois tipos de obras: as obras que o prefeito estava fazendo e têm financiamento, essas nós não interromperemos, e as obras que não tem recurso, para essas vamos fazer uma avaliação sobre quais podemos retomar. Claro que nesse começo estamos com dificuldades. A crise é de curto prazo. A médio e a longo prazo, pela mercê de Deus, vamos resolver e não vamos decepcionar o povo aracajuano.

 

Mesmo com essas dificuldades, o salário dos funcionários da capital sergipana desde janeiro está garantido?

Garantidíssimo. Chamei o secretário, fizemos uma reunião e sai da prefeitura uma hora da manhã. Ontem mesmo eu chamei uma secretária duas horas da madrugada para me dar uma explicação e depois fiquei até com pena. Eu trabalho nesse ritmo. Graças a Deus eu mandei fazer todos os cortes de qualquer gasto, mas teríamos que garantir o salário. Eu tenho 38 anos de vida publica e nunca atrasei uma folha de salário, não vai ser esse mês que vamos atrasar.

 

Tarifa - Já começou uma discussão sobre a possibilidade de aumento da tarifa do transporte coletivo. O senhor já tem em vista quando decidirá essa questão, e se de fato concederá o aumento?

Eu não recebi proposta nenhuma ainda. Essas coisas têm que ser resolvidas com critérios técnicos. Com uma proposta vamos estudar. Isso vai depender de estudos.

 

O reajuste zero do ano passado questionado pelos empresários, que apontam dificuldades no sistema, pressiona o senhor para tomar uma posição esse ano?

Na administração, nós devemos sempre resolver pela razão e não pelo coração. O meu coração diz que eu não devo fazer, mas vamos pela razão. Vamos examinar os fatos, todos os parâmetros que são examinados para o preço de tarifa. Eu estou falando de uma coisa que até agora não foi apresentado coisa alguma. Eu não tenho pré-disposição de criar dificuldades para a população, mas tenho que analisar.

 

É possível uma convocação de uma sessão extraordinária na CMA para confirmar a reforma administrativa?

Haverá sim. Nós estamos esperando passar o Pré-caju e tudo porque tínhamos muita coisa para fazer, mas eu acredito que até o fim da outra semana estaremos fazendo uma convocação. É a nossa previsão já incorporando várias medidas e alterações que vamos tomar, houve muitos vetos também de leis que foram feitas indevidamente. Estaremos fazendo convocação de acordo com os vereadores e o presidente Vinicius Porto.

 

Nessa discussão entra em pauta o Plano Diretor?

O Plano Diretor nós vetaremos como ele está. Nós entendemos que o plano do jeito que está tem muitas falhas, isso falo como engenheiro. Nós devemos vetar e iniciaremos os estudos para apresentar um plano que não venha a atender uma classe especifica, por mais importante que ela seja. Eu só tenho um compromisso nessa gestão: com o povo de Aracaju. Um plano desse nível tem que atender sobre tudo a qualidade de vida e o que o nosso povo precisa, e não aos anseios de uma determinada classe que influenciou muito na aprovação desse plano.

 

Alianças - Como está o relacionamento do senhor com o agrupamento dos irmãos Eduardo (senador - PSC) e Edvan Amorim?

Natural. Não existe nenhuma área de atrito. Eu entendo sempre que devemos fazer política na base do respeito e estamos mantendo o melhor relacionamento com eles e com todos os agrupamentos que nos apoiaram.

 

Para 2014, o senhor pretende sair candidato a governador ou pretende apoiar outra pessoa, ou quem sabe até ficar com o grupo do governador Marcelo Déda?

Eu acho que a política tem sido muito cruel com Sergipe. A nossa vizinha, Alagoas, já teve presidente da república, e nada de Sergipe. Eu vou fazer uma grande gestão em Aracaju em função de Déda sair presidente da república. (risos)

 

Essa nova marca da prefeitura de Aracaju, com várias cores que lembram os partidos que estiveram contigo na campanha eleitoral, seria para simbolizar uma gestão pluripartidária que o senhor pretende fazer?

Não. Ali está as cores da bandeira de Sergipe que pertencem a todos os partidos e a todos os aracajuanos. O laranjinha, que lembra o PPS, é só para poder dar uma elasticidade do colorido da bandeira (risos), mas não tem nada haver com partido, mas sim com sergipanidade.

 

*Entrevista coletiva com a participação dos repórteres Eron Ribeiro, Alex Carvalho, Farofino e Gabriel Damásio.

Da redação Universo Político.com



28-03-2024
 

 

 

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