Na Política

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14/01/13 | 11:57h (BSB)

Márcio Macedo diz que Amorim usa Proinveste como tática eleitoral

“Querem tentar criar um estado de caos em Sergipe para disputar e ganhar a eleição de 2014”

Por Raissa Cruz

 

Em entrevista ao Universo, o deputado Márcio Macêdo (PT) acusa os irmãos Amorim de usarem o Proinveste para disputa eleitoral, incentiva a bancada do PT a estabelecer o diálogo com as demais, e comenta sobre o Código Florestal, emendas de bancada e outras atuações do seu mandato. Confira:

 

Proinveste - Por que tanta dureza nos pronunciamentos em defesa do Proinveste, que o senhor fez no último mês de mandato, inclusive direcionando os ataques aos Amorim?

Eu acho que essa rejeição do Proinveste pela Assembleia Legislativa, em especial pelos deputados liderados pelos irmãos Amorim, é um desserviço ao Estado de Sergipe, é um atentado contra nossa gente. Os irmãos Amorim estão negando a Sergipe mais de R$ 700 milhões que seriam investidos em obras de estrutura para construir um futuro melhor para o nosso povo. Obras de rodovias, da saúde como o Hospital do Câncer, obras de educação como construção de escolas, a reforma e ampliação e aperfeiçoamento da biblioteca Epifânio Dórea, obras de habitação, ajudar a suprir esse déficit habitacional que é grande ainda no Brasil e em Sergipe não é diferente, para tentar amenizar o sofrimento e a dor do sergipano em relação à saúde que é um problema planetário e que Sergipe não é exceção. E os irmãos Amorim estão negando a Sergipe a geração de 27 mil empregos, a oportunidade de aquecer o mercado imobiliário, o comércio, a indústria e diversos setores que movem a economia sergipana. Tudo isso tem nome: uma possível eleição de Eduardo Amorim em 2014. Acho que isso não é republicano, não é aceitável. Eu como sergipano, representante na Câmara Federal, não posso ficar calado por isso critico.

 

Quando o senhor fala em 2014 o senhor está afirmando que estão usando a Assembleia para disputa eleitoral?

Sim, os Amorim estão usando a rejeição do Proinveste como uma tática eleitoral. Querem tentar criar um estado de caos em Sergipe, barrando os recursos que são necessários para o Estado, para disputar e ganhar a eleição de 2014. Isso não é aceitável e eu não podia me acovardar e ficar calado diante disso.

 

E como a bancada do PT na Assembleia deveria se posicionar em relação ao Proinveste?

Eu acho que a bancada do PT deve dialogar com as outras bancadas no sentido de sensibilizar os deputados que têm compromisso com o povo, que foram outorgados pela vontade popular para seguir o que é melhor para o estado. E a bancada do PT também deve denunciar esse momento para sociedade para que todos os sergipanos possam saber o que está por trás desse processo de rejeição do Proinveste.

 

Mandato - Sobre as emendas de bancada que em 2012 houve muita dificuldade para serem liberadas, para o senhor, que conseguiu a liberação de ao menos uma para a UFS, o que é preciso ser feito para que essa liberação flua este ano?

As emendas de bancada não são fáceis de liberar. Nunca foram e nem são agora. Fica muito ao sabor do momento da economia que pode ter contingenciamento ou não por parte do governo federal. Tem que ser feita a pressão da bancada e do governador para que a presidenta possa liberar. Esse ano só foi liberada uma emenda de bancada que foi a que eu consegui para a Universidade Federal de Sergipe, que foi de R$ 13 milhões. E sou grato ao ministro Deli, ao secretário executivo Claudinei, ao ministro Mercadante que atendeu ao apelo da importância de liberar uma emenda fundamental para a Universidade Federal de Sergipe. É uma lógica que vem de longos anos. Eu acho que a parte da bancada do governo é fazer um processo de direcionamento para ver se a gente consegue liberar mais este ano.

 

Qual a sua avaliação sobre o processo de votação do Código Florestal, que teve destaque notório em seu mandato?

Eu acho que foi um código possível de ser votado em nossa casa. Eu tenho ainda criticas ao texto final, mas os vetos que a presidente Dilma fez foi razoável. O lado ruim é que tem coisas que os ruralistas fizeram que atentam contra a proteção da biodiversidade brasileira, em especial dos recursos hídricos das águas, e não ajuda em nada no aumento do PIB, dos agronegócios, o da agricultura familiar. Mas o lado bom é que os vetos da presidente no projeto tornaram uma legislação mais factível de ser aplicada na realidade. Então ela hoje é mais restritiva que era o código anterior, mas pode ser aplicada com mais eficiência. 

 

Existe algum projeto do senhor voltado para os impactos ambientais sofridos pelo Rio São Francisco, principalmente com a transposição do rio incentivada pelo governo do PT?

No Rio São Francisco estamos estudando a hipótese de ter algum projeto no sentido de revitalização do rio, que é um projeto do governo federal que nós queremos trabalhar com a perspectiva de ajudar a amplificar essa ação da revitalização. Isso significa dizer saneamento básico nas cidades, na recuperação de matas ciliares. E já estamos debatendo esse tema na câmara. 

 

Sua postura em relação aos royalties de apoiar a presidente nos vetos será sustentada? Qual a sua justificativa a respeito?

O veto da presidenta não trará problemas para Sergipe num processo de médio e longo prazo. Eu sou daqueles que acho que o que a presidente está propondo para ter royalties para educação é inatacável. É construir um novo país. Pegar as reservas do petróleo que soa como esgotáveis e investir em algo que vai ser perene, que vai construir uma nova nação. A Noruega criou um fundo social, investiu na educação e hoje é um dos países com maior PIB do mundo. A Venezuela é um país que ainda está em processo de desenvolvimento. Os Emirados Árabes estão pegando o petróleo e gerando riquezas. Hoje, a maior contribuição para o país não é mais o petróleo; é o turismo e a construção civil, que eles estão construindo um fundo social para cuidar do país quando o petróleo acabar. Como eu vou ser contra a uma proposta de investir o dinheiro dos royalties na educação para resolver o problema do Brasil? Eu não posso ser contra isso. É insanidade ser contra um projeto desse. É um processo que inclusive os prefeitos vão ganhar. Eu sei que há agonia do prefeito no dia-a-dia por recursos para ele poder pagar a folha e fazer as obras. Quando está resolvido os recursos, o dinheiro que ele investia em educação pode ser investido em outras questões.

 

O deputado se mostrou contra a cobrança de estacionamentos em Aracaju. Há alguma forma de por Brasília tentar interferir nessa situação?

Eu sou contra qualquer cobrança nos estacionamentos porque acho que é um atentado ao consumidor. Isso contraria a lei municipal de autoria do vereador Elber Batalha e outra lei do deputado estadual Venâncio Fonseca, sancionadas pelo prefeito Edvaldo Nogueira e pelo governador Marcelo deda. E ainda taxa o consumidor duas vezes: quando compra o produto e quando cobra o estacionamento. Então estamos estudando formas de atuar contra essas cobranças. Como é uma decisão local as ações têm que ser feita pelo Estado.

 

Da redação Universo Político.com



25-04-2024
 

 

 

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