Na Política

Biblia Online

11/05/17 | 09:49h

Por Thiago Paulino

 

Brasil. País que vive um período de transição.  Quem tem filho adolescente sabe  muito bem que transição é algo não tão fácil de atravessar.  A garotada  cresce, vem aquela  chuva de emoções fortes (provocada pelos hormônios, insegurança própria da idade) e às vezes é empurrada para a vida adulta sem ainda ter amadurecido.

 A democracia brasileira  e por consequência a cidadania do brasileiro também está buscando amadurecer. Tivemos aí uma longa interrupção durante o a Ditadura Militar no nosso agir político como um todo. Quando a democracia voltou,  ficamos muitos anos (digo isso de uma forma geral) reduzindo nossa participação política ao voto obrigatório. Mas um dia a vida cobra...  Como tudo são ciclos, as consequências de apenas participar votando uma hora chegariam.   Em junho de 2013  entramos na "adolescência".  Protestos e muitos protestos vieram em seguida, mas precisamos afinar esse agir político nas práticas do cotidiano.  Criar novos hábitos. Quando votamos, entregamos uma carta em branco para os representantes, mas o problema é que não criarmos hábitos de fiscalizar e acompanhar melhor a atuação dos nossos "representantes".  Formas de prestação de contas para a população é algo fundamental para estreitar esse laço.   

 

Vivemos em um país que  começa a perceber que do jeito que está não dá e não pode mais. Mas ainda precisamos fazer mais a nossa parte para mudar esse cenário. Estamos começando a perceber que é necessário amadurecermos politicamente para mudar enquanto país. E  buscando refletir como podemos instigar  ainda mais nossa cidadania política,  caro cidadão, pensei em 3  dicas:

 

1.  Fuja  dos posicionamentos extremos e não compre  discursos prontos.  Por mais  que tenhamos inclinações  que pendam para um deles, cheque informações e não repasse de imediato (na dúvida é até melhor silenciar). É preciso criar mais pontes e buscar soluções práticas, do que acirrar debates e ofensas.   Não incorpore discursos como: "A culpa da corrupção é PT"  ou "Lula foi quem tirou o povo da miséria".  O problema dos discursos prontos é que eles nunca enxergam nuances importantes, não buscam entender mais profundamente a questão e podem até ter alguns fragmentos de verdade.  Por exemplo, houve corrupção no governo do PT e os programas sociais e aberturas de universidades ajudaram muitas pessoas a sair de uma condição social desfavorável. Mas percebam que há uma diferença entre usar essas informações para olhar um todo que é mais complexo e requer mais esforço na busca de soluções. Para fugir dos discursos prontos busque informações, leia, observe e principalmente reflita. Os programas como bolsa família e a construção de universidades são méritos todos do Governo?  Será que a sociedade também não pressionou?  Eles são suficientes? E a corrupção? Se o PT  for extinto, ela acaba?   Será que todos no Partido dos Trabalhadores concordam com práticas ilícitas?  Parta dos seus questionamentos... isso é busque a reflexão.  

 

2.  Crie pontes e aprenda debater politicamente de forma respeitosa. Não deixe a emoção  falar mais alto principalmente com quem não conhecemos na internet (a falta do face a face não nos dá o direito de agredir ninguém).  Culturalmente somos torcedores...  mas  política não é final de Confiança X  Itabaiana ou Fla X Flu.   Discutir política é essencial, porém mais essencial ainda é o respeito ao próximo. É bom um certo grau de frieza para pensar nos argumentos colocados e buscar o bom senso nas respostas.  Já  vi amizade quase sendo desfeita por causa de radicalismos ideológicos.  Não precisa-se converter ninguém. Saber dialogar e entender o argumento é uma forma de ampliar a visão e crescer na concepção política.  

 

3. Participe, conheça e fiscalize -  a amadurecimento político vem como uma maior participação da cidadania.  Perceber que construir soluções  requer trabalho de muitos. Como anda a escola no meu bairro?  Como o vereador eleito está atuando? Fiscalize e se informe como os políticos - os nossos servidores - estão honrando seus salários. Temos que mudar outro hábito cultural de reclamar  dos políticos,  ver somente o erro no outro. Mude o disco da reclamação para o da ação (nem que a ação seja pressionar um gestor junto com a comunidade por conta da falta de um remédio em um posto). Pesquise  iniciativas de pessoas quem vem cotidianamente trabalhando por um Brasil melhor (e acredite são muitas e nos deixam com o coração cheio de esperança). O campo de trabalho é vasto e se abrir o coração, vão surgir oportunidades de fazer a diferença nesse cenário.   

 

 São  três  dicas,  instigado cidadão!  Vamos em frente... temos muito trabalho nesse país que vai muito mais além do que Lula e Moro.  

 

*Thiago Paulino é aracajuano, jornalista, roteirista e editor de texto.  Jornalista pós graduado em Jornalismo Cultural e Mestre em Mídia e Cultura. Colunista do NaPolítica com a Cidadania Instigada.

07/03/15 | 14:27h

 

Admito que  refleti muito  se deveria ou não tocar nesse assunto. Mas acredito que o debate respeitoso é uma das formas mais ricas de exercer nossa cidadania.  E  respeito aqui  é palavra chave junto com tolerância.  Como ponto de partida, acredito que seja importante ser  transparente com você, caro leitor (nem todos fazem parte do meu ciclo de amizade): sou  espírita. Abracei essa crença na busca de uma compreensão mais profunda e íntima em constante busca de uma conexão a uma força superior - que é antes de mais nada amor e inteligência infinitos – Deus.   Se você, instigado cidadão leitor,  parar de ler esse texto ou descartar essas linhas só pelo fato de eu ser espírita...   pode ir..  mas  aproveite e repense um pouco sobre a necessidade de dialogar e conviver pacificamente com o diferente.

 

Mas vamos adiante. Em um mundo com turbulências em que vivemos se faz essencial perceber uma coisa: muitos são os caminhos que levam a Deus e, na essência, muitas religiões se assemelham.  No entanto liberdade religiosa é algo relativo, pois temos o limite do amor e respeito ao próximo. Quem de fato percebe isso muda sua perspectiva. Vê em qualquer ser humano um irmão que busca no seu caminho um encontro com o Divino, com o sagrado.

 

Lembro de um caso que aconteceu com minha turma quando eu ainda era estudante de jornalismo.  Fiz meu curso na Universidade Católica de Pernambuco e, na época, qualquer aluno de todos os cursos era obrigado a cursar as disciplinas básicas  “Teologia 1”  e  “Teologia 2”.  O que parecia um suplício para alguns alunos de cursos como matemática ou engenharia que se perguntavam a razão de cursar tais disciplinas, eu achava o máximo aguçar ainda mais a curiosidade jornalística no campo religioso. Lembro que em um dos trabalhos fomos entrevistar um sheik árabe em uma mesquita.  Lembro que surgiu a pergunta (não sei quem foi o corajoso na hora): “E essa tal de Guerra Santa que diz que precisa ter o alcorão em uma mão e uma espada em outra”.   O sheik um senhor alto, de pele morena (devia ter uns 50 e tantos anos) deu um sorriso leve. 

 

Sabe aqueles sorrisos dos bons educadores que não perdem uma boa oportunidade? E  foi direto ao ponto em uma resposta que guardo até hoje:  “a  guerra santa que se fala é uma guerra íntima contra nossos vícios, nossas  dificuldades.  O  problema é que alguns extremistas  fazem uma  leitura  radical disso”.  Isso ficou na minha cabeça até hoje,  quando penso nos cristãos que se esforçam intimamente para serem pessoas melhores, nos budistas que pensam nas causas e efeitos de suas atitudes, nos espíritas que falam tanto na reforma íntima.   Como diria o Dalai Lama quando foi provocado por um teólogo que perguntou qual a melhor religião... Na ponta da língua ele respondeu: “Aquela que te faz uma pessoa melhor”.

 

Vivemos em uma época que a internet virou uma ágora vasta e ruidosa,  onde cada um quer ter sua voz. Mas democracia é também saber respeitar a crença do outro, discutir de forma respeitosa, saber falar.  O facebook às vezes vira uma tribunal inquisidor (como diria o genial Tom Zé no seu  CD Tribunal do Feicibuqui.

 

Mas ser tolerante e respeitoso, não é deixar o debate de lado.  Precisamos sim discutir certas coisas.  E uma delas é o novo projeto da Igreja Universal denominado Gladiadores do Altar. Um vídeo de jovens fazendo saudações, gritando palavras de ordem tem dado o que falar na internet.  Na explicação de matéria no próprio portal da Universal  diz que o projeto faz parte de um programa de formação de novos pastores para dedicar-se exclusivamente a pregar a crença.

 

No entanto vale questionar: em um mundo com histórias tristes como o fascismo do século XX e os grupos extremistas como os do Estado Islâmico de hoje, criar um projeto com esse tipo de simbolismo não é uma afronte ao amor e à tolerância pregadas pelo próprio Jesus? Será que a única forma de tirar jovens da vulnerabilidade social e conectá-los a Deus é criando um “exército”?   O bom combate que o apóstolo Paulo de Tarso pregou não seria um combate para melhorar a  si mesmo e consequentemente o mundo? Não seria melhor educar o jovem para ser um agente transformador de sua realidade exercendo a tolerância, o respeito e a consciência crítica? São perguntas que podem ser colocadas para o debate. Nosso passado, enquanto humanidade, não nos permite mais ficar calados ou omissos diante de certas questões.

 

Não sou especialista em análises mais profundas ou ciências da religião, mas acredito que devemos observar com atenção esse projeto da Universal, procurar entender e sim questioná-lo no que achamos pertinente, de forma respeitosa. A Igreja Universal do Reino de Deus já negou oficialmente que pretende criar algum grupo paramilitar. Vivemos em um mundo que busca paz, tolerância e respeito e talvez por isso devemos buscar uma compreensão mais ampla e aprofundada das coisas.

 

Uma coisa é certa: em um país que é um belo mosaico religioso, a tolerância deve ser exercida através do diálogo respeitoso. E vale também nos questionarmos: onde está o nosso nível de tolerância se colocamos todas as religiões petencostais em um só rótulo?  Existem muitas pessoas boas em boa parte das religiões, pessoas sinceramente esforçadas a se melhorarem e deixar esse mundo um lugar melhor. Precisamos conectar e fortalecer os laços de quem está disposto a um diálogo ecumênico, na busca de uma evolução conjunta em um  mundo onde o consumo e o materialismo ainda são muito presentes. 

 

Leia, aprofunde-se, estude e, principalmente tente escutar o outro, instigado cidadão. Discutir religião pode, da maneira certa, ser algo muito proveitoso. A forma de se ligar a Deus pode ser a mais variada possível, mas antes de mais nada deve te transformar em uma pessoa melhor.

Axé, shaloom, aleluia, amém, namastê e assim seja!

 

PS.:  No clima de um amor que tolere e respeite as diferenças vale assistir a campanha  Love Has No Labels (Amor não tem rótulos) uma bela ação feita no valentine’s day (dia dos namorados nos EUA) desse ano.

 

* Thiago Paulino é  aracajuano, jornalista, roteirista e editor de texto.  Jornalista pós graduado em Jornalismo Cultural e Mestre em Mídia e Cultura. Colunista do NaPolítica com a Cidadania Instigada.

13/02/15 | 12:43h

Uma coisa é certa: nossa democracia precisa ser aprimorada.  Apesar de ela ter sido conquistada a duras penas, boa parte dos nossos parlamentares chegam ao poder através de uma corrida injusta perpetuada por um ciclo vicioso.  De uma forma geral, o que pesa bastante em uma eleição é o volume da grana e a quantidade de partidos envolvidos em determinadas candidaturas. Em um grande balcão de negociosos se negocia desde coligações para conseguir mais tempo, até megadoações para futuros contratos.  Empresas investem em candidatos e o negócio acaba funcionando assim: se uma determinada empresa de ônibus ou empreiteira da  construção civil investe em candidato X,  o retorno do candidato X será justamente governar para os interesses desses empresários.

 

Por isso que o miolo da atual disputa quando se fala em reforma política é o financiamento empresarial de campanha.  Já apelidada por alguns movimentos sociais de “gene da corrupção” é nesse tipo de financiamento onde o a grana corre solta na busca pelo poder.  Mas assim como a Ficha Limpa está sendo bonito ver a reação de diversas entidades e da sociedade organizada.   Mais de 100 organizações  incluindo centrais sindicais,  CNBB, OAB e muita gente boa formaram o que está sendo chamado de Coalizão Pela Reforma Política Democrática a meta é conseguir  as 1,5  milhões de assinaturas  para  protocolar uma proposta no Congresso Nacional. 

 

Isso é de fato querer  acabar com a corrupção e não ficar partidarizando a corrupção ou personalizando na figura de Dilma. Tirar Dilma do poder não acaba com a corrupção, o buraco onde escapa bilhões pede uma reforma urgente.   E não só a reforma política, mas também pensar de que forma podemos voltar a discutir política no cotidiano das pessoas e nos espaços de educação. No fundo.. a falta de participação  dos brasileiros   ou a participação de forma rasteira é sintomática.  Urgente melhorar não só o sistema democrático, mas também educacional. Discutir política era algo constante nas décadas de 60 e começo de 70, mas aí veio a ditadura e cortou esse processo. No fim das contas é preciso voltar a discutir certas questões nas bases de aprendizagem sejam elas nas escolas ou nas rotinas dentro de casa, na própria família. Discutir política entenda-se: pensar no bem público coletivo no meu agir enquanto cidadão. Em tempo... confira os principais pontos da proposta da sociedade civil: 

 

PRINCIPAIS  PONTOS

A proposta da Reforma Política Democrática pode ser conferida no link acima. Ela  propõe   quatro principais pontos:

1. Proibição do financiamento de campanha por empresas e adoção do Financiamento Democrático de Campanha;

2. Eleições proporcionais em dois turnos;

3. Paridade de gênero na lista pré-ordenada;

4. Fortalecimento dos mecanismos da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes  (nesse ponto alguns debates ligados mais especificamente a  interesses da população – transporte, violência,  injustiça na distribuição agrária - teriam participação do povo diretamente  e não ficariam protelando ou sendo engavetados).

 

ARREMEDO

Como a reforma política mexe com interesses pesados , a estratégias adotada por parlamentares que são contra ela  foi  fazer um arremedo  para  “responder as ruas”.  Um projeto de emenda a PEC 352 está tramitando  e será discutida por uma comissão formada na última terça (10) e será presidida pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e terá como relator o peemedebista Marcelo Castro (PI).  A  PEC  352  não modifica pontos centrais como o financiamento privado de campanha.  O debate da PEC acontecerá  após o carnaval, mas  espera-se que o clima de folia a política brasileira esteja com seus dias contados e a reforma seja de fato democrática e incisiva.

 

NA REDE – ASSIM ATURAS E MOBILIZAÇÕES

Na página do Facebook do Plebiscito pela Reforma Política em Sergipe [https://www.facebook.com/plebiscitosergipe] é possível se informar como andam as mobilizações e ficar ligado como mandar sua assinatura para conseguir a aprovação da proposta da Reforma Política Democrática.  E aí  cidadão...?  Que tal assinar essa carta para “nossos  representantes”?

 

NOSSO UMBIGO

Uma tecla sempre  batida nessa coluna  é a constante autoavaliação que devemos fazer da nossa prática  cidadã..  e é aí que vamos também combater a corrupção. Vale ver e viralizar o vídeo do jornalista Bob Fernandes:

 

* Thiago Paulino é  aracajuano, jornalista, roteirista e editor de texto.  Jornalista pós graduado em Jornalismo Cultural e Mestre em Mídia e Cultura. Colunista do NaPolítica com a Cidadania Instigada. Contato: paulinothiago@gmail.com

 

 

06/02/15 | 13:21h

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O digitador e o equilibrista... Phubbing? Veja o significado e descubra se você faz muito ou só aquele pouquinho...

Phubbing? Veja o significado e descubra se você faz muito ou só aquele pouquinho...

O virtual é também um mundo real. Se você pensa no mundo virtual como oposição ao real, é preciso rever seus conceitos. O virtual não é algo concreto ou material, mas é uma extensão do real. Filosofias a parte... É só olharmos de forma mais atenta para percebemos como o mundo da internet está ligada ao mundo contemporâneo, produzindo modos de vida, potencializando e interferindo em mobilizações sociais, gerando formas de se expressar. Mas será que temos aproveitado bem esse tempo na internet? Será que realmente estamos usando nosso potencial criativo e aproveitando bem as possibilidades do mundo virtual? Descobrindo coisas novas e se aprofundando em outras já conhecidas?

 

Como diria uma querida amiga minha: “esse negócio é como o mundo da Caverna do Dragão, você entra e não consegue sair mais”. A referência feita ao facebook em tom de piada, pode ser uma frase sintomática das nossas rotinas cotidianas. A verdade é que muitas vezes, navegamos na tela (seja do celular ou do computador) sem rumo e quando percebemos já passou um tempo enorme e nem sequer aproveitamos de forma produtiva o mundo virtual.

 

Mas o excesso de acesso a este mundo tem uma explicação até psicológica e química no organismo. “Parte do nosso cérebro prefere a gratificação imediata, que é o que os comentários na internet fornecem, por exemplo - a cada ‘curtir’, uma descarga de dopamina, hormônio ligado ao prazer, inunda nosso sistema nervoso”, como escreveu Jeanne Callegari em uma bela reportagem sobre como manter o foco nos dias atuais.

 

Entender o que se passa com a gente é um passo importante para um olhar mais produtivo e, por consequência, até uma cidadania mais ativa na internet. Encontrar causas comuns para agir no mundo concreto, estudar e discutir autores que gostamos de ler, aprender um novo idioma. As possibilidades são muitas. Mas duas coisas são certeiras: a primeira é que precisamos disciplinar melhor nosso tempo no mundo virtual e a outra é que temos a necessidade de aproveitar melhor esse tempo para nosso crescimento.

 

Interessante também perceber que dentro do próprio mundo virtual existem também diversas reações e movimentos que fazem a gente pensar os nossos hábitos no mundo virtual. Uma das frases mais interessantes que captei dessas reações veio do vídeo abaixo. “O mundo digital canibaliza o tempo” .. No fantástico depoimento "Life in The Digital Now" das conferências TED a escritora Abha Dawesar faz um alerta sobre a obsessão das pessoas estarem conectadas relatando sua experiência quando ficou presa em Nova York por conta de uma tempestade de areia. Abha percebeu que uma das principais preocupações das pessoas era se manterem conectadas e ao invés de focar na própria sobrevivência.

 

"O mundo digital canibaliza o tempo" afirmou a escritora citando o seu mestre de Yoga. Vale assistir

 

(http://www.ted.com/talks/abha_dawesar_life_in_the_digital_now#t-76342])

 

O que é uma reflexão para aproveitar o momento, também nos pede mais equilíbrio e inteligência nos nossos hábitos virtuais. Isso sem contar na segurança digital, mas isso já é papo para uma outra coluna. Sempre bom lembrar que quanto maior equilíbrio entre os dois mundos (virtual e material) de uma mesma vida mais ricos seremos em experiências e vivências.. E você .... instigado cidadão?!? Quanto e como você tem utilizado seu tempo no mundo virtual? 

 

Sugestão: "Ajuste seu foco", reportagem de Jeanne Callegari - http://vidasimples.abril.com.br/temas/ajuste-seu-foco-744599.shtml

 

 

* Thiago Paulino é  aracajuano, jornalista, roteirista e editor de texto.  Jornalista pós graduado em Jornalismo Cultural e Mestre em Mídia e Cultura. Colunista do NaPolítica com a Cidadania Instigada. Contato: paulinothiago@gmail.com

 

30/01/15 | 16:51h

Um novo shopping de Aracaju localizado no Bairro Industrial já foi anunciado e até página no facebook já tem. Depois de demolirem uma parte significativa da história de Aracaju: os galpões das antigas industrias da área (somente a igreja foi preservada). Fica no ar o grande questionamento: que modelo de cidade queremos?

 

Será realmente necessário um novo Shopping na cidade. Acredito que não.. Pelo menos até que outras respostas possam de fato serem dadas: como a população local do bairro (que sofre com índices de violência) poderá ser absorvida em empregos se não são nem cuidadas com políticas básicas de educação e saúde? Onde estão os relatórios que avaliem os impactos no trânsito da área, na poluição e na vida da vizinhança?

 

Os modelos de Shoppings Parques tem se espalhado pelo mundo. Na Turquia a demolição para construção de um empreendimentos gerou diversos protestos (que irradiaram outros em 2013). Recentemente quem esteve mais antenado na internet pode acompanhar a briga dos movimentos sociais em Recife para que 12 torres de um mega- empreendimento não fossem construídos na área do Cais José Estelita.

 

A necessidade de áreas verdes, parques esportivos e espaços culturais educativos de fato podem transformar a cara de uma bairro, e da cidade. Mas estes não dão lucro a grupos de shopping que são rápidos e agem sob a tutela de um poder público complacente. É muito simbólico que boas (mas tímidas iniciativas) como o a do “Complexo” Esportivo Dona Finha fique relegada a debaixo da ponte. Em tempo.. Dona Finha era uma das mais ilustres torcedoras do Confiança uma homenagem a um dos personagens da história do bairro e do time que “nasceu” no bairro.

 

Sempre bom citar o caso das Bibliotecas- Centros Culturais de Medellín na Colômbia (vale dar uma navegada na net para conhecer essa história). A cidade estava no ranking das mais violentas do mundo. Para se ter uma ideia como o negócio lá era feio: o índice de violência no início dos anos 90 era de 360 por 100 mil habitantes (em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo esse número varia de 20 a 39 homicídio a cada 100 mil habitantes). Medellín vivia uma verdadeira guerra civil entre narcotráfico, Estado e milícias. Os jovens eram os principais recrutas nessa linha de guerra.

 

Investimento massivo em áreas de lazer e cultura arrojadas nos locais mais violentos mudou essa realidade drasticamente ao longo dos anos. Quem pesquisar imagens das bibliotecas de Medellín ficará impressionado com sua beleza arquitetônica. Fortes investimentos em movimentos locais foi outra saída, dialogando coma cena Hip Hop e outros movimentos. Hoje a cidade ainda possui taxas de homicídio, mas nada que se compare aos números de décadas anteriores.

 

Naturalmente não viemos em uma Medellín, mas é inegável a urgência de investir na juventude do bairro industrial, o tráfico infelizmente também faz parte da nossa realidade em Aracaju. Será que o consumo e a criação de um espaço que estimule ainda mais a desigualdade material é realmente uma boa saída? E aí instigado cidadão.. responda?!

 

* Thiago Paulino é  aracajuano, jornalista, roteirista e editor de texto.  Jornalista pós graduado em Jornalismo Cultural e Mestre em Mídia e Cultura. Colunista do NaPolítica com a Cidadania Instigada.

09/07/13 | 11:06h

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Amadurecendo as reivindicações No Cine Vitória

No Cine Vitória

Afinar o discurso, melhorar a qualidade de uma atuação cidadã e entender melhor quais são as pautas prioritárias que vêm das ruas. Esses são alguns aspectos que demonstram a importância das assembleias populares. A ideia desses encontros já se espalham pelo país: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e nesse sábado será a vez da capital sergipana. A reunião está sendo instigada pelo grupo #OcupaAracaju que tem se encontrado dentro e fora do facebook. Veja abaixo o texto da “Carta ao Cidadão” construída de forma colaborativa pelo grupo.

 

Interessante perceber que as ocupações já demonstram fazer parte do que os filósofos costumam chamar Zeitgeist, ou seja, o espírito do tempo. Ocupar espaços públicos para demonstrar uma vontade coletiva é uma lógica global que teve uma forte expressão nas praças do Cairo, na derrubada de regimes autoritários; no coração financeiro do mundo como na Avenida Wall Street seja em uma praça em Instambul, na Turquia. Na nossa vizinha Recife uma coisa muito bacana aconteceu o movimento #OcupeEstelita (procure no Google) promoveu uma interessante ocupação no espaço do Cais José Estelita que vinha sendo especulado por um complexo de construtoras para criar condomínios empresariais.

 

Aracaju está na sintonia com o mundo... e você, instigado cidadão, opinou nas assembleias ou vai ver o bonde da história passar na sua janela?

 

Abaixo o texto da “Carta ao Cidadão”:

 

 

"Afinal, que significam essas manifestações?". Nas últimas semanas, esta pergunta esteve de alguma forma presente na vida de todos os brasileiros. E é com o objetivo de tentar entender o momento histórico e político que o país está passando, que nós, do Ocupa Aracaju, viemos pedir a sua presença para se somar à nossa discussão. O Ocupa Aracaju não é um partido político, não é uma organização não governamental: é uma reação. Nossa intenção é funcionar como agregadores das mais diferentes pessoas, grupos, organizações, ideologias, que lutam por causas sociais.

 

Baseados no princípio de ocupação dos espaços públicos para promoção do debate do modelo de sociedade atual, nos colocamos neste momento ao seu lado como protagonistas da promoção do diálogo. Neste sentido, na ocasião da Assembleia Geral, sugeriremos a formação de subgrupos de discussão de formação heterogênea para a tentativa da resposta à questão inicial: “Afinal, o que significam essas manifestações?”.

 

A ideia é que possamos formar várias rodas de discussão, compostas por pessoas dos mais variados saberes e perspectivas, para confrontar nossas impressões e buscar um entendimento conjunto que nos possibilite tomar decisões em relação ao que podemos fazer daqui em diante. Ao final do tempo estabelecido, portanto, cada grupo deverá apresentar os pontos debatidos, e então partiremos para a discussão geral, ainda sobre o tema inicial, com a abertura de inscrições.

 

Contamos com a sua presença para podermos construir esse debate e pensar em ações conjuntas que façam a diferença na nossa cidade. Como acreditamos no Artivismo (arte + ativismo) e na vivência dos nossos fins pretendidos já nos próprios meios, ao final faremos uma confraternização, uma celebração do que já estamos realizando pouco a pouco. Instrumentos musicais são bem-vindos.

 

Traga as suas dúvidas! Ocupe a cidade! Atenciosamente, Ocupa Aracaju.”

 

A REVOLUÇÃO VAI SER TELEVISIONADA

Contrariando a máxima do escritor ativista negro, poeta e músico Gil Scott-Heron (tido como um dos precursores do Hip-hop): "The Revolution Will Not Be Televised", a #PósTV vem transmitindo em tempo real várias manifestações pelo país. Com um outro conceito de transmissão televisiva a turma da #Pós-TV tem demonstrado o que é uma verdadeira TV Aberta. Os responsáveis já criaram até um talkshow no meio da Rua Augusta (zona boêmia de São Paulo) onde seus apresentadores colocam um sofá para entrevistar pessoas no meio da rua. Atualmente cobrem as assembleias populares e protestos em várias cidades brasileiras.

 

TRILHA SONORA

Tom Zé, sempre antenado já produziu uma composição para o atual momento do Brasil. Músicas provocativas com um tom irônico é o forte do cantor e agitador de Irará (BA). E garanto é melhor a versão de Tom Zé do que a de Latino. O ótimo Blog Baixa Funda que também criou sua afinada coletânea para os protestos disponibiliza a faixa de Tom Zé para baixar.

 

CINEMA, SERTÃO E POLÍTICA

A trajetória de um sobrevivente do cangaço que se envereda anos depois pelo mundo tortuoso da política é o mote central do filme “Aos Ventos que Virão” que será lançado nos próximos dias 10 e 11 aqui em Sergipe. O primeiro lançamento será no Cine Vitória em Aracaju (onde ficará um tempo em cartaz). No dia 11 a equipe de elenco e o diretor Hemano Penna estarão lançando o filme na cidade Poço Redondo (onde foram captadas imagens para a película).

 

CINEMA, POLÍTICA E EDUCAÇÃO
E o Festival Sergipe de Audiovisual, o Sercine, acontece no próximo dia 09 de julho e neste ano homenageia os 30 anos do Sargento Getúlio. Formado por um sangue novo e a boa nata de realizadores sergipanos o Sercine chega na 3ª edição com uma programação recheda de boas mesas, oficinas e mostras. Confira o site do Festival: http://www.sercine.com.br

 

* Thiago Paulino é  aracajuano, jornalista, roteirista e editor de texto.  Pós graduado em Jornalismo Cultural e Mestre em Mídia e Cultura.

 

21/06/13 | 07:45h

Por Thiago Paulino

Manifestações que surpreendam em dimensão e números são difíceis de analisar. Por mais que alguém se arvore a cantar verdades será raramente preciso, completo ou profundo ao descrever um panorama. O caldo ainda está em ebulição. E, não se engane, estamos todos na mesma panela. É difícil analisar um processo histórico quando estamos mergulhados nele. Mas vale lembrar alguns aspectos:

 

Não confunda manifestação pacífica com ausência de conflitos e jogos de poder - Uma grande quantidade de gente na rua protestando não significa que os conflitos e jogos de interesse deixem de acontecer. Como a socióloga Marília Moschkovich escreveu   fatos estranhos aconteceram em São Paulo e não foram orquestrado pelo MPL (Movimento Passe Livre). A socióloga conhece muito bem o MPL - articulador do movimento por um transporte decente e outra concepção de mobilidade em SP – e montou um quebra-cabeça de peças estranhas. Ir às ruas não significa que vereadores que votaram no aumento, não irão tirar proveito da “festa da democracia”, não significa que coberturas jornalísticas sigam interesses específicos e apontem para lados opostos. Infiltrações existem e nem sempre apontam para melhorias. Mas uma coisa é certa: a cultura política já demonstra ser outra, independente do seu posicionamento.

 

Apartidarismo não é apatia política - “O povo unido não precisa de partido” estava em um dos cartazes. Isso demonstra a clara falência de espaços tradicionais da política partidária. São rachaduras de um sistema representativo que já estava ruindo há um tempo. Heranças históricas e que apontam para uma reforma política urgente. Mudanças são necessárias em um sistema onde parlamentares representam interesses de quem os financiou; onde o clientelismo prevalece; onde a cultura do ato ilícito precisa ser punida de forma eficaz e justa. Ficha limpa já foi uma vitória, mas ainda há muito o que discutir: quem e como se financia uma campanha política? como melhorar as instâncias de fiscalização e a sua eficiência? como acabar privilégios exagerados de gestores e parlamentares? como estimular a educação política crítica nas escolas? como obrigar a prestação de contas dos gestores e o cumprimento de promessas?

 

Pluralidade não pode ser bússola sem norte - licitação sobre para um transporte público decente e preço de passagem justo; saúde pública preventiva com eficiente aplicação do dinheiro dos impostos; comissão de direitos humanos com justiça social e sem a cura gay; melhoria urgente no sistema educacional e valorização dos educadores; menos poluição e mais arborização; Copa do Mundo sem expulsão de moradores, com transparência e punição para esquemas ilícitos. O ser humano é complexo, a realidade idem. O caminho é discutir prioridades e aprimorar soluções. Conselhos participativos, acompanhamentos do trabalho dos representantes são formas de dar continuidades ao que se coloca nos cartazes.

 

Enfim, pela revolução cotidiana do dia a dia - Cidadania se coloca em prática em qualquer hora da semana e, acredite... sim... seu poder de influência vai mais longe do que você imagina. Desde um suborno colocado no nível de esperteza na mesa de bar, um gesto de cordialidade na faixa de pedestre, uma reclamação na ouvidoria de um serviço público checando a solução; a adoção de algum animal abandonado; o plantio de uma árvore no bairro. Tudo isso ajuda na transformação. E lembre-se: a corrupção não é algo só em instâncias superiores, ela pode é endêmica inclusive nos pequenos atos. Ou como diria o jornalista Saulo Coelho: “Parabéns pra você, que não protestou quando viu pais de alunos na porta da escola com as crianças sem cinto e em pé no meio dos bancos e nem ameaçou tirar seu filho se a escola não tomasse as rédeas do trânsito na sua própria calçada. Parabéns pra você que entra em fila dupla no retorno, mesmo sem estar com pressa (só pra exercer a sua filhadaputice mesmo), que fura fila no supermercado, no banco, que para na vaga de idoso ou pessoa com deficiência, que não para na faixa do pedestre, que tira uma xeroxzinha pra uso pessoal na copiadora da repartição ("uma só não vai fazer falta, né?"), que não acompanha o desenvolvimento emocional e educacional do seu filho e só cobra dele boas notas pra poder receber grana.”

 

* Thiago Paulino é  aracajuano, jornalista, roteirista e editor de texto.  Pós graduado em Jornalismo Cultural e Mestre em Mídia e Cultura.

 

29/09/12 | 22:16h

Imagine duas situações...  

PRIMEIRA – Wesley Almeida, de 14 anos,  não conhece o pai, mas já apanhou muito do padrasto que costuma  gastar boa parte do dinheiro que ganha com bebida. Apesar de jogar bola, a  escola de Wesley não tem uma quadra decente e  por isso ele encontrou junto com  “amigos” uma outra forma de “diversão”: cometer pequenos furtos no centro de sua cidade. Em uma dessas foi apreendido pela polícia.  A medida socioeducativa: prestar serviços à comunidade. Qual o serviço? Fabricar caixões. O trabalho tétrico desagrada Wesley que o faz de mau humor e o revolta mas ainda. Assim como outros adolescentes que conheceu na mesma instituição.

 

SEGUNDA – Gislayne Santos, 16, desde os treze anos tem visitas noturnas no seu quarto. O tio costuma fazer algo que ela não gosta e, na maioria das vezes, a machuca. No começo do ano ela sentiu as mudanças no próprio corpo,  a barriga estava crescendo.  A mãe a culpou e por pouco não a expulsou de casa. A condição para permanecer era fazer o aborto. Gislayne abortou, mas não suportou o fato da mãe deixar o tio morar no mesmo teto. Fugiu de casa, buscou no crack uma fuga da realidade.  Foi apreendida quando começava a “progredir” no trabalho de uma boca de fumo. A medida socioeducativa: prestar serviços à comunidade. Qual o serviço? Trabalhar em uma floricultura. Gislayne  se encontrou no trabalho.  Fez novas amizades. O “Projeto  Florir”, como é conhecido, transformou-se em uma cooperativa que gera renda e oferece trabalho também para os familiares dos adolescentes que cumprem alguma medida. Gislayne já começou a ganhar dinheiro, mas ainda não teve coragem de convidar a mãe para participar da cooperativa. Já faz mais de um ano que saiu de casa e não tem contato com ela. É preciso perdoar primeiro.

 

Os nomes são fictícios, as duas histórias, apesar de inspiradas na realidade, também são fictícias.  As medidas, no entanto,  são reais.  A primeira, fabricar caixões, aconteceu em Campinas (SP) e a segunda,  o projeto “Florir”, foi instituída em São Miguel (RS). Duas medidas opostas, mas os exemplos acima mostram que quando bem aplicadas podem de fato ajudar a transformar a realidade.

 

NOVA LEI - As medidas sócio educativas em meio aberto são formas , que junto com outras ações, podem  ajudar na diminuição da criminalidade junto aos adolescentes. E desde janeiro foi sancionada a Lei Federal 12.594 A lei reforça as obrigações dos municípios também na execução das medidas sócio educativos através da implementação do  Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo– o SINASE. Nele, as  responsabilidades no tratamento dos adolescentes em conflito com a lei são mais divididas. O sistema também pretende trazer a responsabilidade não só para o poder público nas suas esferas, mas também para a família e a comunidade.

 

Atualmente ainda precisamos avançar muito nos antídotos da criminalidade em ações mais consistentes de esporte, cultura, educação. Boas quadras e atividades de esporte e lazer, salas de leitura comunitárias, músicas nas escolas.  Mas, paralelo ao preventivo , um Sistema como SINASE, se funcionar,  vem mais do que em boa hora. Isso porque também reforça ainda a responsabilidade das Prefeituras. Sergipe tem noticiado freqüentemente fugas, confusões no Cenam e nas Unidades de Internação Provisória e boa parte dos internos vem de cidades do interior sergipano.

 

Para a consultora da Unesco e mestre em Direito Penal, Karyna Sposato,  quando se fala em Sergipe há uma necessidade de “reestruturar não só as medidas de privação de liberdade, mas também pensar na reestruturação de um projeto pedagógico voltado para os adolescentes. Claro que melhorar os espaços físicos é algo fundamental, mas é preciso melhorar também as medidas  socioeducativas”.

 

E, como estamos em época de escolhas de representantes, aproveitei para instigar  a cidadania eleitoral. “Karina,  o que de mais urgente deveria ter num boa proposta para melhorar esse cenário local?”

 

“É importante que se pergunte aos candidatos qual a proposta de estrutura para um programa socioeducativo está sendo proposta? Outro aspecto importante é o que chamamos de institucionalização. Criar um órgão que vai cuidar dessas medidas no município com estrutura pessoal e orçamento. Às vezes pode ser uma Secretaria de Assistência Social, mas é preciso que tenha recursos e uma equipe responsável”.

 

Os prefeitos e gestores interessados em obter informações sobre Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo existe um curso específico da Secretaria Nacional de Direitos Humanos   cujo o conteúdo foi feito pela própria consultora Karina Sposati.

 

Então, cidadão instigado, fica aí a importante dica de questionar aos candidatos quais são as propostas para inserir o município nesse Sistema?  O que ele entende por medidas socioeducativas?  E como a Prefeitura irá trabalhar por uma parcela da juventude que ainda  trilha caminhos de uma vida errante? Avalie as respostas e dê seu voto consciente.

 

PULVERIZANDO O METEORO

Em uma conversa preocupada, certa vez, um instigado cidadão soltou a frase comparativa: “O crack para os seres humanos é o meteoro que matou os dinossauros”.  Apocalipse à parte, o problema do consumo do crack é grave e vai muito além de uma questão de polícia, mas sim de política pública. Uma política de várias frentes e que trate a questão como uma epidemia na saúde pública. Vale lembrar  que para quem quiser informações sobre tratamento,  acolhimento de usuários e qualquer outras dúvidas existe um serviçogratuito em Serigipe através do Disque Saúde: 0800 282 2822.

 

TOXIC: AMAXÔNIA

A série Toxic – (veiculada pela revista eletrônica Vice e pela MTV) sempre traz ótimas reportagens-denúncias e documentários sobre graves crimes ambientais. Na série Amazônia, com o auxílio do repórter Felipe Milanez, foi feito um trabalho de denúncia muito bom sobre a morte anunciada de uma ecologista de Marabá. Vale a pena conferir o texto de Milanez e conferir o documentário da triste realidade do norte do país.

 

CHORINHO E SAMBA DE ALTA QUALIDADE

E na parte cultural da coluna...  uma dica para os amantes dos acordes soltos do cavaco, violão, bandolim e um pandeiro bem ritmado. Um show no teatro Ateneu promete agradar bastante: o “Lançamento do CD de Don José do Ban” marcado para o próximo dia 20 de outubro. O lançamento contará com a participação do grupo Bondenós e convidados. E para completar, a noite contará com uma das melhores duplas do sopro no choro brasileiro: Silvério Pontes e Zé da Velha. Ingressos a venda na Cardio Clínica - Rua Lagarto, 1522 / São José.

 

 

CHORINHO  E SAMBA DE ALTA QUALIDADE  2

Para quem não está familiarizado com o universo do choro nacional, Zé da Velha é “o cara” do trombone. Para se ter uma noção, ele tem esse apelido porque costumava tocar com a velha guarda dividindo a mesa musical com , nada mais nada menos, figuras como Pinxiguinha e Donga. E para melhorar Zé da Velha é sergipano. Já Silvério Pontes é de outra geração, mas um músico de alta qualidade também. Toca trompete e já fez parte do naipe de metais das bandas de Luiz Melodia, Tim Maia, Ed Motta, Cidade Negra e Elza Soares.

 

 

* Thiago Paulino é  aracajuano, jornalista, roteirista e editor de texto.  Pós graduado em Jornalismo Cultural e Mestre em Mídia e Cultura.

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25-04-2024
 

 

 

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