As secretarias de Estado da Saúde (SES) e da Educação e da Cultura (Seduc), em parceria com The Human Project (THP), unem esforços para ressaltar a urgência de combater o mosquito Aedes aegypti e prevenir a doença da dengue, sobretudo no ambiente escolar. Durante a primeira reunião entre as pastas, realizada nesta segunda-feira, 29, na sede da SES, foi apresentado um projeto de tecnologia social que pretende engajar e educar a comunidade da rede pública estadual de ensino no processo de identificação e monitoramento de possíveis focos do Aedes aegypti.
O coordenador de Tecnologia da THP, Igor Gonçalves, explica que mediante o georreferenciamento de possíveis focos do Aedes aegypti, será possível identificar áreas mais vulneráveis à dengue, e dessa maneira planejar ações mais efetivas para combater o adoecimento da comunidade naquele território. “O aplicativo Caçadores de Lugares Infectados por Criaturas (CLIC) é gratuito e tem como objetivo engajar os estudantes na identificação e no monitoramento desses possíveis focos do mosquito, fazendo uso das novas tecnologias. O aplicativo conta com um layout atrativo e funcional para crianças e adolescentes. Além disso, preparamos um documento paradidático, em formato de gibi impresso, que servirá como material informativo sobre os cuidados e sinais de alerta em relação a doença”, acrescenta.
Para a referência técnica estadual do Programa Saúde na Escola pelo Departamento de Atenção Primária à Saúde da SES, Suziani Soares do Nascimento, reunião intersetorial, entre saúde e educação, foi um importante passo para a concretização de um projeto inovador no combate às Arboviroses (dengue, chikungunya e zika). “Nos foi apresentado o projeto Clic, que prevê o desenvolvimento de ações, por meio do Programa Saúde na Escola, que envolve o engajamento de crianças e adolescentes das escolas da rede estadual de ensino, e que certamente impactarão positivamente nos indicadores de adoecimento pelas arboviroses”, comenta.
A chefe do Serviço de Direitos Humanos da Seduc, Adriane Damascena, reforça que ambas as secretarias estão interessadas em políticas de combate ao mosquito Aedes aegypti, e o uso de um aplicativo poderá despertar o interesse dos jovens para a temática. “O aplicativo ajuda os alunos a se empolgarem com o tema, pois trata do mesmo de forma lúdica, na medida em que há uma certa ‘gamificação’, ou seja, a aplicação de mecanismos e dinâmicas dos jogos para motivá-los”, enfatiza.
A representante da Seduc ainda complementa: “Se não for uma ação da comunidade, dificilmente nós conseguiremos debelar este mosquito, pois já é amplamente sabido as formas de combater a proliferação de focos da dengue. O que a gente precisa agora é a adesão massiva de estudantes que vão receber o incentivo de professores e do próprio aplicativo para colaborarem com essa ação coletiva em suas comunidades”, finaliza.
Novas reuniões técnicas intersetoriais acontecerão ao longo deste segundo semestre de 2024 para garantir a viabilidade de um projeto piloto ainda neste ano. A depender do engajamento de professores e de estudantes, novas escolas serão incluídas no projeto Clic, em 2025.
Sobre a doença
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que são causadas por vírus transmitidos por mosquitos. As arboviroses mais comuns em ambientes urbanos são: dengue, chikungunya e zika, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Do Governo de Sergipe
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