Nos últimos dez anos, a oferta de cursos de mestrado em Sergipe cresceu mais de 1.200%. Conforme dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em 2005, Sergipe tinha 102 mestres formados e 247 matriculados nas instituições de ensino e um doutor formado e 33 matriculados. Em 2015, os registros apontaram 3.226 mestres e 294 doutores. Esse salto no número de pesquisadores tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), com programas de fortalecimento e consolidação dos cursos de pós-graduação no estado.
No período de 2008 a 2015, foram ofertadas 384 bolsas de mestrado e 125 de doutorado com recursos do Governo do Estado. A partir de 2010, a Fapitec passou a contar com a parceria das agências federais, lançado mais editais de mestrado e doutorado. Até o ano de 2015, foram lançadas 288 bolsas de mestrado e 71 bolsas de doutorado.
O presidente da Fapitec, Heriberto Pinheiro, destaca que os programas de pós-graduação ajudam na qualificação profissional e avanço da produção científica. “Havia menos de dez cursos de pós-graduação em 2007 e hoje já contamos com mais de 60 cursos de mestrado e doutorado. Essa formação de recursos humanos é importante para gerar mão-de-obra qualificada para Sergipe, além de contribuir para o avanço da ciência em nosso estado. Estão sendo desenvolvidas pesquisas em todas as áreas do conhecimento, que no futuro podem trazer resultados promissores”, afirmou.
Universidades
O pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Marcus Eugênio, explica que, houve um grande crescimento no número de pesquisadores doutores residindo em Sergipe. “O crescimento da pesquisa possibilitou o crescimento da pós-graduação stricto sensu em Sergipe. Com efeito, se em 2000 tínhamos apenas quatro cursos de mestrado, em 2014 passamos a ter 49 mestrados e 15 doutorados. Programas com cobertura temática de quase todas as áreas de conhecimento foram criados neste intervalo. Ou seja, crescemos mais de 1.200%”, afirma Marcus Eugênio sobre os programas de pós-graduação da UFS, acrescentando que a expectativa é o crescimento em algumas áreas para as quais Sergipe ainda não possui programas de pós-graduação, a exemplo de Saúde Coletiva, Engenharia Mecânica, Relações Internacionais e Política.
A diretora de Pesquisa da Universidade Tiradentes (Unit), Juliana Cordeiro Cardoso, conta que a Unit começou com um programa de pós-graduação stricto sensu em 2005 e hoje possui seis programas.
“Nos últimos dez anos, houve um investimento considerável na formação de recursos humanos em Sergipe. O número de mestres e doutores formados no estado aumentou e a Universidade Tiradentes, com apoio da Fapitec/SE, contribuiu positivamente para esse crescimento. Além do crescimento em quantidade, tivemos o reflexo positivo na qualidade. Todos os programas com mestrado e doutorado da IES [Instituição de Ensino Superior possuem nota 4, e a Renorbio nota 5”, pontuou Juliana.
A diretora de Pesquisa da Unit ainda destacou a importância dos investimentos da Fapitec em bolsas de mestrado, doutorado e programas de fortalecimento da pós-graduação. “A Fapitec/SE aparece como peça fundamental na consolidação dos grupos de pesquisa, fomentando projetos estratégicos e dando apoio financeiro aos estudantes na forma de bolsa. Também possui destaque os projetos de mobilidade e cooperação nacional, que contribuem com o desenvolvimento dos PPGs [Programas de Pós-Graduação]”.
Desafios
Além das bolsas de mestrado e doutorado, a Fapitec/SE desenvolve o Programa de Estímulo ao Aumento da Efetividade dos Programas de Pós- Graduação em Sergipe (Proef) e o Programa de Estímulo à Mobilidade e ao Aumento da Cooperação Acadêmica da Pós-Graduação em Sergipe (Promob), em parceria com a Capes. O objetivo dos programas é oferecer estrutura para os programas de pós-graduação e permitir a mobilidade acadêmica para outros estados através do Promob.
O secretário da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Sergipe, Francisco Dantas, destaca que o desafio é fortalecer os programas e preparar o mercado para receber os novos mestres e doutores.
“Já temos no estado um grande número de mestre e doutores. Em Sergipe, ainda não temos a cultura de a pesquisa andar junto com a indústria, como em países mais desenvolvidos. Além do meio acadêmico, esses doutores e mestres precisam ir para as indústrias e empresas para contribuírem para o desenvolvimento econômico do nosso estado”, afirma.
Da Fapitec
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