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06/07/15 | 08:19h (BSB)

CTB Sergipe condena exploração na AlmavivA

Representantes de diversas categorias, liderados pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe (CTB/SE), disseram não à exploração dos empregados da empresa AlmavivA na manhã da última sexta-feira (3). A gerência da empresa de call center e os seguranças tentaram impedir a manifestação pacífica promovida para dar apoio aos trabalhadores que denunciam a AlmavivA por desrespeito aos direitos trabalhistas e assédio moral. Eles chegaram a acionar a Polícia Militar que acompanhou a manifestação sem intervir.

Um levantamento realizado pelo Conselho Superior de Justiça do Trabalho (CSJT), divulgado em dezembro de 2014, comprovou a veracidade das denúncias dos empregados da empresa. Em Sergipe, a Almaviva está entre as 10 empresas com maior número de processos na Justiça do Trabalho. É a 3ª empresa no Estado em número de ações. A AlmavivA recebeu incentivos fiscais para se instalar em Sergipe há cinco anos e, desde então, tem sido alvo de abuso nas relações de trabalho.

Recentemente, no dia 24 de junho, a jovem Bárbara Monique Soares de Sousa, 26 anos, empregada da AlmavivA, morreu na empresa enquanto trabalhava. Durante o ato, os dirigentes sindicais ocuparam a calçada da empresa e, de mãos dadas, rezaram pela trabalhadora que, de acordo com relatos de colegas, passou mal e não teve atendimento imediato. Segundo eles, a jovem vinha sendo submetida a uma sobrecarga de trabalho.


ESCRAVIDÃO

Os manifestantes ofereceram apoio aos trabalhadores que foram impedidos de sair da AlmavivA pela direção da empresa na hora da troca de turno. O presidente da CTB/SE, Edival Góes, ressaltou que a entidade é a favor da geração de emprego, mas condena veementemente a exploração de mão de obra. “Não seremos intimidados por seguranças. Temos o direito de nos manifestar. Não somos uma ameaça e não vamos correr por causa de uma cara feia. A AlmavivA pratica uma escravidão moderna e, enquanto os trabalhadores da empresa forem explorados, nós vamos nos manifestar”, disse Edival, que colocou o departamento jurídico da CTB/SE à disposição dos trabalhadores.

Waldir Rodrigues, vice-presidente da CTB/SE, contestou a forma prepotente e arrogante com que o gerente Renato Luiz tentou impedir a manifestação. “Se esse senhor age dessa forma com a gente, imagine como ele trata os empregados lá dentro. Essa empresa veio para cá recebendo incentivos fiscais do governo para gerar emprego e não para explorar trabalhador. Os empregados da AlmavivA têm que ser tratados com dignidade”, salientou.

O presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, Fernando Cabral, também foi dar apoio aos empregados e fez críticas à direção da empresa. “A AlmavivA não deixa os trabalhadores nem ir ao banheiro”, salientou. Diversos empregados da empresa, que acompanharam a manifestação e não quiseram se identificar com medo de retaliações, confirmaram que o tempo de ir ao banheiro é cronometrado e que eles sofrem todo tipo de pressão.


TRUCULÊNCIA

Augusto Couto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado, condenou a exploração e a tentativa da direção da AlmavivA de impedir a manifestação. “Não adianta vir com truculência. Nós não vamos ceder às ameaças de vocês. Os trabalhadores dessa empresa dão a alma para vocês crescerem, mas estão adoecendo por causa daS pressões absurdas que lhes são impostas”, enfatizou.

A secretária da Mulher Trabalhadora da CTB Nacional e presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivânia Pereira, ressaltou que a AlmavivA tem sido multada frequentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por desrespeito aos direitos dos trabalhadores e condenou essa prática corriqueira na empresa. “Queremos empregos decentes e não exploração. A AlmavivA trata os trabalhadores no chicote”, disse. O vereador Emanuel Nascimento (PT), que já havia feito um pronunciamento na Câmara de Aracaju exigindo respeito aos empregados da empresa, também participou do ato da CTB/SE, que contou com a presença de bancários, corretores de imóveis, radialistas, servidores do Estado e da Saúde, dirigentes da União Brasileira de Mulheres (UBM) e da União da Juventude Socialista (UJS).

Da Ascom



29-03-2024
 

 

 

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