Após o anúncio do procurador da República, Ramiro Rockenbach, durante reunião entre os sindicatos da saúde, na sede do Ministério Público Federal (MPF), nessa terça-feira (30), de que o juiz federal Edimilson Pimenta acatou o pedido do MPF para obrigar a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) a prestar informações sobre a movimentação financeira das contas da saúde em Sergipe, os representantes dos sindicatos se mostraram satisfeitos com o avanço que a situação poderá tomar.

“Foi importante o juiz reconhecer que as contas precisam ser transparentes. As contas são públicas. É direito da sociedade. Nós como segmento do trabalhador, pertencente a essa sociedade, queremos ter acesso às informações, e isso vai contribuir imensamente para consolidarmos o projeto do grupo de trabalho cujo objetivo é conseguir soluções adequadas nesse período de um ano, a fim de que os trabalhadores não venham sofrer prejuízos”, disse a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe, Shirley Morales.

Contudo, a presidente lamenta a não colaboração do Estado quanto a solicitação do MPF. "A postura do Estado foi a mesma em negar a transparência das contas. E isso só foi possível por força de decisão judicial. O fato é preocupante porque não sabemos como se comportará a Secretaria de Estado da Saúde diante da condenação judicial de ter que abrir suas contas irrestritamente", observa a líder sindical.

Pelo lado do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), o presidente Augusto Couto valorizou a decisão do juiz federal. “Com a contas que serão abertas será importante porque poderemos ver como está sendo gasto o dinheiro público. E a nossa cobrança, que também é do Ministério Público Federal, é que haja transparência. E que a gente consiga dar um atendimento melhor para a população que é objetivo dos sindicatos presentes”, disse Couto.

Da Ascom