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23/02/15 | 12:43h (BSB)

Óleo essencial do manjericão está sendo testado para tratamento de doença

Dores por todo o corpo durante longos períodos e sensibilidade nas articulações, músculos e tendões pode ser sinal de alerta. A fibromialgia é uma doença muito comum no cotidiano das pessoas com alternativas de tratamento limitadas. Essa síndrome está ligada à dor de cabeça, depressão e ansiedade e outros problemas de saúde. Com objetivo de buscar alternativas de tratamento para a fibromialgia, pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e da Universidade Tiradentes (Unit) estão desenvolvendo uma pesquisa com o óleo essencial do manjericão.

O objetivo do estudo é desenvolver novas alternativas de tratamento com medicamentos de compostos ativos à base de plantas naturais de tecnologia altamente sergipana. O projeto foi selecionado através do edital do Programa de Apoio aos Núcleos Emergentes de Pesquisas (Pronem) financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec/SE) em parceria com Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O Pronem tem por objetivo abrir caminhos para a consolidação de linhas de pesquisas incentivando a formação de novos núcleos de excelência buscando dar suporte financeiro aos trabalhos dos grupos de pesquisas ligados a instituições públicas ou privadas de ensino superior e pesquisa no Estado de Sergipe.

O coordenador do projeto, professor doutor em Farmacologia Lucindo José Quintans Júnior, explica que existem diversos estudos que analisam ação sobre o sistema nervoso, porém nenhum avalia sobre a síndrome que acomete cerca de 30% a 40 % das mulheres nos Estados Unidos.

Segundo Lucindo Júnior, ainda não existem dados comprovados no Brasil, mas pesquisadores acreditam que a estimativa de casos esteja bem próximo dos Estados Unidos. “Aqui no Brasil ainda não temos um número preciso, a gente imagina que sejam números próximos a realidade de casos comprovados nos EUA, alguns trabalhos sugerem que o Brasil esteja entre 25% e 30 % de casos, geralmente em mulheres com idade acima de 40 e 50 anos”.

Testes

Lucindo Júnior explica que a pesquisa encontra-se em fase inicial com experimentos de composto ativo. “Nós separamos o principal constituinte desse óleo que é o linalol (substância encontrada no manjericão). Essa substância tem vários efeitos farmacológicos atribuídos, mas toda substância natural tem vida plasmática muito curta, ou seja, é degradada rapidamente. Por isso, nós colocamos no sistema de liberação controlado que na verdade é mais um sistema utilizado por substância chamada ciclodextrina que serve para potencializar a substância encontrada no manjericão e aumentar o tempo de efeito da biodisponibilidade do fármaco presente nessa substância que seria o linalol . E assim, nós encontramos resultado promissor bem interessante no modelo de fibromialgia”, explica.
Alternativas para pacientes

O pesquisador Lucindo Júnior destaca a importância do estudo da doença na busca pela melhor qualidade de vida para os pacientes. “O paciente não tem qualidade de vida quando está sentindo algum tipo de dor. Então, estamos trazendo benefícios para que esses pacientes possam ter qualidade de vida e conviver com doença já que até agora é uma doença que não tem cura”, destaca.

Lucindo ainda acrescenta que o Brasil tem poucos medicamentos tecnológicos desenvolvido no país. “A maioria dos medicamentos que temos precisamos pagar royalties por serem medicamentos do exterior, geralmente desenvolvidos nos Estados Unidos, Suíça e Alemanha. Então todo mercado brasileiro é ávido para fármacos que possam ser desenvolvidos de tecnologia nacional”, complementa.

 


Da Ascom Fapitec/SE



19-04-2024
 

 

 

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