A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) é a única unidade do estado de Sergipe certificada pelo Ministério da Saúde para desenvolver o Método Mãe Canguru. O descerramento da placa que a certifica pela exclusividade foi realizado na manhã desta quarta-feira, 17, na própria instituição. A ocasião também foi oportuna para a comemoração dos sete anos de funcionamento da unidade, que atende gestantes de alto risco.

“Há quase um ano como gestor de Saúde, pude entender o que é atuar nesta área, uma vez que o trabalho desenvolvido pelas equipes da Maternidade é referência. Sabemos que as dificuldades existem, mas os 1.200 servidores desta unidade se empenham em salvar vidas”, destacou Hamilton Santana, diretor geral da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), órgão que gerencia a MNSL.O Método Mãe Canguru consiste, principalmente, em aproximar os prematuros da mãe e familiares.

O método foi desenvolvido em maternidades colombianas e apresentou excelentes resultados. “Antes, os bebês ficam internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) até atingir os 2 kg ou 2,5 kg. Ao atingir este peso, eles iriam para uma unidade intermediária e, só então, teriam alta”, explica o médico obstetra Luiz Eduardo Correia, superintendente da MNSL.

Com o desenvolvimento deste método, os bebês saem mais rápido da Utin, com o peso de 1,3kg ou 1,5kg, e vão para a ala do Método. “São selecionados os recém-nascidos a depender da patologia para ver quais podem participar. Os bebês são analisados não só por médicos, mas por enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, toda uma equipe multidisciplinar. O índice de resolutividade é enorme”, destacou Luiz Eduardo.

De acordo com Paulo Menezes, neonatologista e um dos coordenadores do ‘Mãe Canguru’, a objetivo desta prática não é só o de salvar vidas. “Queremos dar qualidade de vida para os recém-nascidos e fazer com que eles se desenvolvam como se tivessem nascido de uma gestação normal”, disse Paulo, ao agradecer à equipe que compõe o Método Canguru na Nossa Senhora de Lourdes.

A pequena Júlia Maria, de 42 dias, está sendo assistida pelo Método. Pai e mãe se revezam nas funções desenvolvidas. “É importante podermos participar deste momento. É muito melhor ela estar aqui crescendo com a gente do que na Utin. Só tenho a agradecer por todo o cuidado que estes profissionais estão tendo com a gente”, disse Evaldo Ferreira, funcionário público e residente do município de Lagarto.

Da ASN