Na Política

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23/10/14 | 09:44h (BSB)

Dr. Emerson cobra fiscalização dos serviços do SUS

O vereador Dr. Emerson ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju – CMA – na manhã desta quarta-feira, 22, para fazer uma analise sobre o Sistema Único de Saúde – SUS – que, segundo ele, tem sido descaracterizado progressivamente. “Jamais colocaram para a população brasileira a possibilidade de um modelo de atenção a saúde que seja condicente com o que propõe o SUS, nem explicaram de modo pedagógico, de modo claro para a população brasileira qual é a proposta do SUS?”, lamenta Dr. Emerson.


De acordo com o vereador, essa degeneração praticada ao longo dos anos vem descaracterizando esse modelo que poderia ser muito mais eficiente. “Durante a Campanha Eleitoral falam muito sobre a tabela do SUS. Temos cirurgias que custam R$ 40, R$ 50, isso é um absurdo. Mas esse absurdo é antigo, mas nada é feito para corrigir isso, porque tem muita gente que ganha dinheiro com esse modelo. Nos temos um SUS que faz de conta que paga e temos um sistema que faz de conta que presta serviço”, denuncia Dr. Emerson.


Segundo ele, os convênios que são formados nesse País são firmados em função de teto. “Firmasse um convênio de R$ 600 mil e o prestador de serviço é quem manda a relação no final do mês do cartão SUS, com o número do cartão e dizendo que atendeu o teto e recebe aquele dinheiro. Não se faz nenhuma comprovação se aquele serviço foi efetivamente prestado”, revela Dr. Emerson. E isso acontece no Brasil inteiro. “Ocasionalmente a gente observa homens que fizeram estereoscópia, que retiraram o útero, mulheres que fizeram retiradas da próstata, por causa desse sistema que paga sem certificação de que o serviço foi feito”, relata o vereador.


Embora o valor dessas cirurgias sejam irrisórios, o dinheiro arrecadado é enorme, afinal não há comprovação de que os serviços foram de fato realizados. “Por isso, que tem muita gente dizendo que a tabela do SUS não presta, mas você não vê ninguém querendo sair da prestação dessa relação de serviço, porque se ganha ilegalmente fazendo esse modelo”, afirma Dr. Emerson.


Demanda Espontânea


Além de abordar a falta de fiscalização do SUS, o vereador Dr. Emerson, também criticou as dificuldades da demanda espontânea que vem sendo atendida pelo Sistema Único de Saúde. “O que menos o Sistema Único atende é a demanda espontânea. O cidadão quando procura esse modelo pode até conseguir uma consulta, com certa dificuldade, mas a consulta consegue. Em seguida, o médico examina, encaminha para exames ou faz o diagnóstico e diz que é caso cirúrgico, que precisa de uma cirurgia. Ou seja, vai demandar da média ou da alta complexidade”, explica o vereador.


Segundo ele, é exatamente nessa hora que começa a via crúcis do paciente, que muitas vezes para conseguir que a cirurgia seja feita tem que procurar um vereador, deputado ou o prefeito. “A atenção à saúde ela é impessoal, é um direito inalienável. Por exemplo, eu tenho um problema de saúde, procuro a unidade e tenho que ser atendido em toda a complexidade do meu problema. Agora sabe o que acontece no Brasil, os serviços públicos são aparelhados. O vereador quando assume exige uma cota dos postos de saúde para indicar o presidente”, expõe Dr. Emerson.


Ele explica que antigamente quando não havia o SUS, o sistema era feito através de boletos de autorização. “Gabinete de deputado, vereador e prefeito eram cheios de boletos carimbados e assinados. A pessoa para ser atendida tinha que procurar um político, agora continua o mesmo, quem faz demanda espontânea vai enfrentar uma via crúcis. O cidadão não vai ser atendido, ai procura um político e inicia a relação de troca de favores. Tem político que até na sua atuação não move uma palha para que esse modelo seja resolutivo, ao contrario atua para que tudo continue como está”, afirma Dr. Emerson.


E mais, esses políticos aparelham postos de saúde, aparelham hospitais e esse sistema só consegue atender o camarada que entra através de um pedido de um político que controla posto de saúde e que manda encaminhar e colocar no sistema uma cirurgia, um exame de média e alta complexidade. E esse modelo não é resolutivo para o cidadão que não entra nesse sistema. “Então veja, a saúde no Brasil é direito de todo cidadão, mas o cidadão se for por vias normais ele não consegue, e dai se estabelece uma prática de que esse sistema não presta. Esse é um dos gargalos que eu não vejo ninguém com coragem para resolver, para fazer esse enfrentamento. Os anos se passam e esse cenário é o mesmo do Brasil”, analisa Dr. Emerson.


Receita Especial


O vereador Dr. Emerson também fez mais uma denuncia contra a prática que vem sendo adotada pela Secretaria Municipal de Saúde. “Quando o receituário está faltando eles tiram uma cópia. Já vi fazendo cópia de receita especial, então é jogar dinheiro fora, não pode ser feito um negocio desse. Cada receita daquela tem um número, você não pode fazer cópia e entregar aos médicos, são coisas absurdas”, relata Dr. Emerson.

De acordo com ele, houve um treinamento para capacitação dos profissionais, sobre a relação de conduta dessas manifestações, orientando os profissionais. “A cópia do treinamento foi encaminhada apenas uma para cada unidade de saúde e que se os médicos quiserem que tirassem cópia. Isso é inadmissível. A gente precisa tratar as coisas com mais cuidado, nesse momento não é o momento de priorizar a economia de uma cópia, deve ser entregue uma cópia a cada profissional médico, essa é a orientação”, ressalta Dr. Emerson. Ele recomendou que os vereadores acompanhem o Diário Oficial, que verifiquem os convênios e os valores que são firmados para garantir uma serviço de qualidade.

Da Ascom



28-03-2024
 

 

 

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