Passada a eleição, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM) ressaltou a necessidade de se colocar na ordem do dia, no Congresso Nacional, algumas discussões prioritárias e que têm significativa relevância no processo democrático do país. Uma delas, é a reforma política que, no seu entender, precisa ser revista para garantir, sobretudo, mais equilíbrio no processo.

“A nossa legislação é caduca. Temos algumas questões cruciais que precisam ser discutidas e alteradas urgentemente”, defendeu a senadora reeleita, ao destacar a necessidade de se estabelecer, por exemplo, regras claras para o financiamento público de campanha. “Recentemente aprovou-se uma reforma, mas muito tímida. É preciso avançar muito mais”, afirmou.

Temas como pesquisas eleitorais, coligações proporcionais, fragilidade dos partidos políticos e voto facultativo, no entender de Maria, também, devem constar da pauta. “Temos, por exemplo, mais de 30 partidos, cuja maioria é criada sem qualquer definição estatutária e ideológica. Isso fragiliza o processo e não contribui com a democracia”, destacou a democrata.

Plebiscito – Maria ressaltou que, na Câmara Federal, já existe um abaixo-assinado que pede a realização de plebiscito sobre a criação de uma assembleia constituinte, objetivando a realização da reforma política. O documento contém mais de 7,5 milhões de assinaturas e foi organizado pelo movimento Plebiscito Constituinte, que reúne 477 entidades, entre movimentos sociais, sindicais e organizações políticas. “Certamente a pressão popular tem um peso significante nessa discussão”, concordou Maria do Carmo.

Da Ascom