Escrevemos aos companheiros de luta e a toda população sergipana para apresentar o nosso posicionamento sobre o processo de eleições. A luta por um modelo de transporte público construído a partir dos interesses da população nos revela os limites da falsa democracia em que vivemos. Pois as ditas instituições “democráticas” que deveriam se colocar em defesa da classe trabalhadora, estão comprometidas com a classe empresarial que se beneficia diretamente da exploração e da piora das condições de vida dos usuários e trabalhadores rodoviários.

O processo eleitoral nos traz a impressão da alternância do poder, mas não passa de um jogo de cartas marcadas que serve apenas para manter o mesmo projeto político-econômico das elites dominantes e sua agenda de privatizações, precarização dos serviços públicos, corte de direitos sociais, corrupção e repressão das lutas populares. Sabendo disso, se faz imprescindível tentar o diálogo e o convencimento da maioria da população que continua iludida com as eleições. E o próprio processo eleitoral pode ser aproveitado para isso, desde que se proponha a denunciar a farsa eleitoral e se apresente um programa que fortaleça as lutas populares.

Com essa intenção, o Movimento Não Pago se soma à Frente de esquerda (PSOL/PSTU/PCB) na construção da campanha da professora Sônia Meire, candidata ao governo de Sergipe. Acreditamos que esta candidatura, ao invés de se resumir à governabilidade e propostas de reformar o Estado, se contrapõe à atual lógica de desenvolvimento que apenas beneficia as elites, grandes empresários e coronéis do estado, e aponta para o fortalecimento da organização e da luta dos trabalhadores como única forma de transformar a realidade e melhorar as nossas condições de vida.

Essa relação não se constitui apenas no período eleitoral. A Frente de Esquerda sempre esteve junto ao Movimento Não Pago nas várias lutas contra a Máfia do Transporte, os desmandos dos governos e pela melhoria das nossas condições de vida, como nas grandes manifestações de junho de 2013, onde a juventude e trabalhadores de Sergipe mostraram que podem e querem transformar a realidade com suas próprias mãos. Sigamos em luta porque, só a luta muda a vida!

Enviada pela assessoria