A candidata ao governo do estado pela Frente de Esquerda, Professora Sônia Meire, reuniu-se na sede do PSOL à noite, com um conjunto de trabalhadores que atuam na rede pública da educão sergipana. O espaço foi dedicado a discussão sobre a realidade em diversas escolas das regiões no estado, e, também apontar diretrizes que fortaleçam o programa de governo no campo da educação pública.

Na reunião, os servidores públicos expuseram à candidata a situação precária das escolas públicas, que atinge diretamente as condições de trabalho de todos os servidores. Denúncias que giram em torno da falta de materiais para manutenção do espaço escolar, como materiais de limpeza e até mesmo materiais didáticos. As salas de aula não oferecem uma estrutura adequada a professores e alunos.

“Na escola onde eu atuo, a cozinha é totalmente insalubre. Além disso, muita das vezes falta a merenda para os alunos. Com a ausência de concursos também faltam mais profissionais como merendeiros e serviços gerais. Na escola em que eu trabalho uma única merendeira tem de preparar a merenda para estudantes de 15 turmas”, queixa-se a professora Mônica Machado, que atua na Escola Estadual Judite Oliveira.

Para a Professora Sônia Meire “educação não se discute isoladamente, é preciso discutir os direitos da criança e do adolescente, a saúde das famílias, a questão das creches, uma discussão que precisa incluir todos os envolvidos”.

Os problemas enfrentados pelos educadores não se encerram nos baixos salários, as péssimas condições de trabalho, a ausência de um plano de carreira que valorize a atuação do profissional e a imposição de pacotes educacionais são fatores de desmotivação e, inclusive, de adoecimento da categoria.

Outro ponto debatido no espaço foi a falta de concurso público para servidores da educação. Segundo a Professora Sharlene Prata, “ o atual governo de Jackson Barreto, em conjunto com a prefeitura de Aracaju, vem intensificando a contratação de professores temporários tanto na rede estadual, quanto a municipal. Isso retira a possibilidade destes profissionais desenvolverem um trabalho mais consistentes com os alunos”.

Fator Previdenciário e Plano de Saúde

Preocupa a categoria a onda de privatizações na previdência que distancia ainda mais os trabalhadores da possibilidade de uma aposentadoria segura e digna. O acesso à saúde pública também é ruim, os servidores que dependem do Ipes Saúde penam à espera de consultas médicas. Reflexo de uma política de desvalorização dos serviços públicos, repassando as demandas de atendimentos a clínicas privadas, que impõem cotas mensais de consultas e exames.

Enviado pela assessoria